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Nós, mulheres investidoras

Por que queremos mais mulheres investidoras na Bolsa?

Ao colocarmos uma lupa nos montantes investidos por gênero, fica bem claro que falar de finanças para mulheres é extremamente necessário

Paula Reis sentada em frente ao computador, segurando um caderno e uma caneta

Em 2020 o número de investidores na Bolsa de Valores duplicou, passando de pouco mais de 1,6 milhões de pessoas em 2019 para mais de 3 milhões no fechamento de novembro de 2020. Com a queda da Selic tão brusca, chegando a 2%, as pessoas passaram a ver a renda variável com outros olhos e as mulheres embarcaram nessa também, chegando a 25,99% dos investidores na B3.

Mas, apesar desse cenário de crescimento, vale lembrar que 98,5% das pessoas ainda não investem em renda variável. Sim, mesmo com a curva crescente deste ano, a maioria da população não tem acesso a recursos ou conhecimento para isso. Essa questão fica evidente quando observamos a quantidade de pessoas por estado e vemos que a maioria está concentrada em 10 deles, no eixo Sul-sudeste, sendo que a quantidade nos 17 restantes, somada, não chega à metade da quantidade de investidores do estado de SP. Quando analisamos o valor investido pelas pessoas físicas, o montante somado desses 17 estados com menor quantidade de investidores equivale ao valor total investido no Rio Grande do Sul.


gráfico da quantidade de pessoas que investem por estado

gráfico em barra do valor (R$ bilhões)

Ao colocarmos uma lupa nos montantes investidos por gênero, fica bem claro que falar de finanças para mulheres é extremamente necessário e que a desigualdade por gênero existe sim, mesmo em 2020.

Gráfico em barras do valor (R$ bilhões) por idade e gênero

Quando nós mulheres investimos menos em renda variável, muito é dito sobre termos um perfil mais conservador, quando a realidade é que a mulher tem diversos obstáculos como salários inferiores, dividir-se entre a dupla jornada de carreira e filhos ou muitas vezes abandonar qualquer oportunidade de fonte de renda para cuidar da família. Com conhecimento da causa, eu digo que a mulher tem apetite a risco sim, desde que saiba todos detalhes de antemão e tenha informações suficientes para tomar sua decisão.

Abordamos esses motivos no detalhe nos nossos Podcasts para o Nós, Mulheres Investidoras na Bolsa, em que discuti esse e outros assuntos com Beatriz Mendonça, superintendente de inteligência de mercado da B3, Victoria Giroto do @invistacomoumagarota e Naya Whitaker do Nós, Mulheres Investidoras.

Durante os últimos 2 anos eu não só acompanhei o aumento das investidoras na B3 como também aprendi a entender muitas dessas dificuldades na troca que as redes sociais nos proporcionam e nas rodas de conversas sobre investimentos. Certo dia uma seguidora me enviou uma mensagem contando que deixava de comprar coisas básicas para si mesma, como um colchão novo para sua cama, em prol de investir na educação de seu filho e reerguer-se após sair de um relacionamento abusivo. A gente não precisa ir muito longe para encontrar uma mulher reavaliando e ponderando suas vontades para sustentar uma família sozinha e tudo isso resulta em ter medo de perder, não acreditar que é capaz de efetuar seu planejamento financeiro e assumir um caminho mais longo que o dos homens rumo à independência financeira.

Eu mergulhei nesse mundo das mulheres que ainda não investem, das que podem investir e não sabem como, e das que já investem e querem saber mais. No meio disso tudo, o convite para participar de uma web série dedicada ao público feminino, abordando conteúdo para quem quer começar do zero até as estratégias mais técnicas e avançadas, foi um sonho se tornando realidade. Eu acredito que a educação financeira é a melhor forma de contribuirmos para a redução das diferenças de gênero no mercado financeiro e o empoderamento feminino nas finanças.

LEIA MAIS: A web série Nós, Mulheres Investidoras na Bolsa se encerra na próxima terça-feira dia 15/12

O ano de 2020 foi peculiar, de rotina nova, crianças em casa, perda de emprego em alguns lares, e mesmo assim as mulheres continuam firmes e fortes em busca de voos cada vez mais altos. Como uma boa mulher trader, para quem metas e gráficos se tornam parte não só das operações no mercado, mas também de outras áreas da vida, eu também tinha uma meta para esse ano relacionada a nós mulheres ultrapassarmos os 25% de investidores na B3, e sinto que contribuí para atingirmos isso junto com a Easynvest. Para os anos seguintes, penso que nada mais justo é buscarmos os 50% das pessoas físicas na bolsa ou mais, já que somos a maioria da população.

Se você, leitora, ainda está com dúvidas sobre investir em renda variável e pensou que essa nova meta seria um tanto quanto audaciosa, te convido a maratonar nossos vídeos e participar de nossos Workshops. Você estará no melhor lugar para buscar apoio, informação e acolhimento às dúvidas que parecem muito básicas a princípio, mas podem ser cruciais para sua jornada de mulher investidora. Vamos juntas?

O projeto Nós, mulheres investidoras na Bolsa foi idealizado pelo @nosmulheresinvestidoras da Easynvest, em parceria com a B3, nossa Bolsa de Valores, e Paula Reis do @canalmulhertrader. Paula ministrará o terceiro e último workshop em que revisa a série de 10 episódios sobre Day trade em minicontratos, no dia 15/12.

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