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Projeto blockchain da Cruz Vermelha vai socorrer pessoas em zonas de conflito

Protótipo visa distribuir ajuda tokenizada para pessoas em situação de necessidade.

*ARTIGO

Fundada em 1863 pelo ativista suiço Henry Dunant, a Cruz Vermelha anunciou recentemente que está trabalhando em um projeto baseado em blockchain para facilitar a entrega de assistência financeira em zonas de conflitos.

Ação social da Cruz Vermelha no Brasil/Fonte: Divulgação

Sem dúvidas, é difícil do ponto de vista ocidental do primeiro mundo entender as dificuldades das pessoas nessas comunidades rurais, sem banco ou até mesmo em áreas de guerra. Porém, nesses ambientes, o dinheiro não é tão fácil de usar e não está disponível rapidamente.

Por conta disso, segundo comunicado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a ideia desse novo projeto é desenvolver um “stable utility token” ligado ao preço de um ativo (ainda não definido) semelhante a uma stablecoin, do qual facilitará imensamente a vida das pessoas de regiões vulneráveis.

Com seu afastamento de intermediários, o blockchain se torna uma ferramenta poderosa para a inclusão financeira, sem contar que os criptoativos também têm a capacidade de ser uma ferramenta para as comunidades que têm dificuldades com dinheiro e com os bancos que o acompanham.

Segurança, privacidade e acessibilidade

Tecnicamente falando, diferente do sistema usado pelas entidades financeiras tradicionais, o blockchain usa um protocolo de computação multipartidário (MPC), do qual evita um ponto único de falha.

Em outras palavras, além de ser acessível 24h por dia independente de localidade, classe social ou cor de pele, o blockchain confere privacidade de dados ao mesmo tempo em que conta com um sistema de registros inviolável.

Assim sendo, as principais vantagens do blockchain para doações financeiras em zonas de conflito são sua segurança de registros e confidencialidade de informações, visto que sua tecnologia é anti-fraude, privada e irrestrita.

Então privacidade, segurança, agilidade e confiabilidade de dados foi o que motivou a escolha da Cruz Vermelha em construir seu novo projeto através da tecnologia blockchain onde, sem dúvidas, será muito mais eficiente do que os vales de papel ou dinheiro usados atualmente. 

Criptos e blockchain ajudando quem precisa

O futuro é a moeda digital, e é evidente que as fronteiras entre países, indivíduos e preconceitos tendem a cair com o uso do blockchain. 

Quando se trata de doações, por exemplo, muitas instituições de caridade e causas estão abertas à aceitação de criptomoedas, pois sabem muito bem que a ajuda pode vir de, literalmente, de qualquer pessoa do mundo.

Durante os protestos de Hong Kong, por exemplo, as doações em criptos tiveram um papel na ajuda aos manifestantes do grupo “Livre de Hong Kong Bitcoin”, além de terem ajudado o governo ucraniano na guerra contra a Rússia, do qual recebeu, em uma semana, US$ 54,7 milhões em criptomoedas.

Portanto, o blockchain, como um banco de dados distribuído e disponível globalmente, tem o potencial de ser útil para um grande número de pessoas.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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