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Twitter pode criar sua própria carteira de cripto; o que esperar?

Caso realmente lance uma wallet auto custodiante, o Twitter estará a um passo de se tornar uma plataforma Web3 completa.

ARTIGO*

O mercado de ativos digitais e blockchain é muito dinâmico e a velocidade com que novas empresas estão abraçando a tecnologia impressiona. Inovando mais uma vez no mercado, o Twitter (TWTR34) parece estar a caminho de lançar sua própria carteira de criptos (wallet).

Segundo a engenheira de software Jane Manchun Wong, famosa por seus relatórios sobre recursos tecnológicos a serem lançados, o gigante da mídia social está desenvolvendo uma wallet auto custodiante, ou seja, carteira em que toda segurança depende exclusivamente da responsabilidade de cada usuário.

Em publicação feita no dia 24 de outubro, a engenheira ainda destacou que a wallet em desenvolvimento será descentralizada — assim como as conhecidas Metamask, Trezor e Ledger —, permitindo, desse modo, realizar depósitos e saques de valores sem depender de terceiros.

Divulgação de que o Twitter está criando uma wallet própria. (Imagem: Reprodução)

“O Twitter está trabalhando em um “protótipo de carteira” que suporta “depósito e retirada de criptomoedas””

O Twitter já abraça as criptomoedas desde setembro de 2021 com um recurso que possibilita aos usuários darem gorjetas aos criadores de conteúdo com bitcoin (BTC) e ethereum (ETH). Porém, ainda não houve confirmações oficiais ou menções da empresa sobre a criação da própria wallet.

Ainda assim, é muito provável que o spoiler feito pela Jane se concretize, pois “a guru da tecnologia” já antecipou — de forma acertada — o serviço de busca do Facebook (Meta, FBOK34), a função do AirBnb (AIRB34) que avisa ao dono do imóvel quando o avião do hóspede pousa e o início dos filtros do Instagram.

Carteira com auto custódia é indispensável 

Também chamada de “carteiras sem custódia”, as wallets auto-custodiantes são essenciais para que cada pessoa mantenha sua soberania financeira.

Com tais dispositivos, existentes em versões físicas e virtuais, não há barreiras para a participação no ecossistema global de criptos e qualquer pessoa com conexão à internet pode configurá-la sem enfrentar as restrições do KYC (Know Your Consumer ou conheça o seu cliente).

Em outras palavras, com uma wallet auto-custodiante, um usuário pode armazenar, enviar e receber ativos digitais livremente, 24 horas por dia, sem qualquer impedimento e ainda usufruir de um ambiente privado.

Através dela também é possível interagir com contratos inteligentes (smart contracts), transacionar com NFTs (tokens não-fungíveis) ou até mesmo se conectar com comunidades descentralizadas.

Desse modo, caso seja realmente lançada, a wallet própria do Twitter vai ser mais uma alternativa para que seus quase 400 milhões de usuários usufruam do universo das criptomoedas, contando com privacidade, autonomia e segurança.

Números crescente de usuários do Twitter de 2017 a 2022. (Imagem: Reprodução/ Estudo divulgado pela Business Of Apps)

Twitter e um futuro descentralizado sendo construído 

A relação do Twitter com o universo cripto é antiga. O ex-CEO da empresa, Jack Dorsey, por exemplo, é um declarado evangelista do bitcoin e trabalha há anos pela popularização da moeda como forma de pagamentos — não à toa, abandonou o cargo para se dedicar a ela.

Contudo, é importante saber que a rede social continua melhorando seus recursos de criptografia através da sua divisão chamada “Bluesky”, também fundada por Dorsey, mesmo após mudança no gerenciamento.

Como “cereja do bolo”, ainda temos que a empresa é objeto de uma compra iniciada pelo CEO e fundador da Tesla, Elon Musk, que prometeu revolucionar o futuro da plataforma, transformando a rede em um espaço mais democrático e impermeável a ações de governos através da estrutura descentralizada do blockchain.

Ainda é cedo para dizer tudo o que poderá surgir, mas com uma geração inteira nativa digital, é uma questão de tempo para que cada vez mais empresas, incluindo redes sociais, abracem o ecossistema completo do blockchain assim como o Twitter está fazendo.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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