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Economia

Inflação medida pelo IGP-10 recua para 0,10% em maio com alívio de commodities

Indicador acumula taxa de inflação de 12,13% em 12 meses.

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve uma forte desaceleração em maio desta ano e registrou inflação de 0,10%, taxa inferior aos 2,48% observados em abril.

O IGP-10 foi quatro vezes menor do que o mercado esperada (0,4%). O destaque foi a deflação das commodities agrícolas e minerais que justificam, em parte essa desaceleração da composição do índice.

“A queda verificada entre abril e maio nos preços de grandes commodities agrícolas (de +0,23% para -1,72%) e minerais (de +0,77% para -3,17%) contribuiu para a queda da inflação ao produtor”, explicou André Braz, coordenador dos índices de Preços. Ele afirmou que esse alívio está influenciando a taxa em 12 meses do grupo Matérias-Primas Brutas, agora de -2,77%.

O IGP-10 acumula taxa de inflação de 12,13% em 12 meses, quase um terço do registrado em maio de 2021 (35,91%).

“Ainda ao produtor, as taxas de variação dos bens intermediários (de 4,26% para 0,89%) e dos bens finais (de 4,07% para 1,12%) também apresentaram desaceleração, mas a variação acumulada em 12 meses para estes estágios de processamento se mantém em patamar muito elevado, 25,70% e 19,49%, nesta ordem, o que sustenta repasses que chegam gradualmente ao varejo”, ponderou Braz.

A queda da taxa de abril para maio foi puxada pelos três subíndices que compõem o IGP-10. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, recuou de 2,81% em abril para 0,08% em maio. O maior responsável pela desaceleração foi o subgrupo combustíveis que passou de 15,92% para 0,70%.

IPC-10

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,54% em maio, de 1,67% em abril.

Por trás dessa desaceleração esteve a queda de 2,37% dos preços de habitação, contra alta de 1,62% no mês anterior. O destaque no grupo foi a baixa de 12,93% da tarifa de eletricidade residencial, que havia subido 2,10% em abril.

Índice construção

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, ganhou 0,74% no período, depois de avançar 1,17% em abril.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

*Com Reuters e Agência Brasil.

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