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Finanças

Copel fecha em queda após prejuízo no 2º tri; XP desaba mais de 13%

Empresa de investimentos reportou dados mais fracos do que o esperado pelo mercado.

29/08/2018. REUTERS/Ueslei Marcelino

A estatal de energia paranaense Copel liderou as quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (10) após reportar prejuízo no segundo trimestre e reverter o lucro registrado no mesmo período de 2021.

Já a operadora de turismo CVC, que desabou no pregão da véspera, chegou a corrigir parte das perdas, mas virou e encerrou o dia em queda. A empresa divulgou balanço financeiro que apontou redução de prejuízo no segundo trimestre deste ano.

A empresa de alumínio CBA, que faz parte do grupo Votorantin, fechou o dia em alta depois de informar avanço no lucro e no Ebitda entre abril e junho.

Em compensação, o recibo da ação da XP negociado na B3 acelerou as perdas e fechou o dia em queda após a empresa de investimentos informar dados mais fracos do que o esperado pelo mercado, com queda nas margens.

O desempenho foi misto entre as companhias que atuam com commodities. A mineradora Vale fechou em leve alta e a estatal Petrobras encerrou o dia com desempenho negativo. Confira os destaques desta quarta-feira (10):

Copel

Depois de informar prejuízo líquido de R$ 522,37 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 1 bilhão reportado no mesmo período do ano passado, a empresa de energia Copel (CPLE3) fechou em queda de 3,30%, com o ativo negociado a R$ 6,45.

A estatal paranaense explicou que a piora dos resultados decorre dos efeitos da Lei 14.385/2022, que estabeleceu a obrigatoriedade da devolução, aos consumidores de energia, de créditos tributários de PIS e Cofins. A provisão realizada pela Copel para destinação desses créditos teve efeito líquido de R$ 1,2 bilhão no lucro líquido trimestral.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) atingiu R$ 709,40 milhões, queda de 53,1% frente ao segundo trimestre de 2021. A receita operacional líquida da Copel somou R$ 5,26 bilhões, redução de 3,1% no comparativo anual.

CVC

O grupo de turismo CVC Corp (CVCB3), que mais cedo chegou a avançar mais de 3%, encerrou o pregão com perda de 0,57%, a R$ 7,03, após terminar a sessão de ontem com uma queda de quase 11%. A companhia informou na noite da véspera um prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões no segundo trimestre deste ano, retração de 46% sobre o desempenho negativo de um ano antes, em meio a um salto nas receitas proporcionado pelo fim de medidas de isolamento social.

A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) quase nula, ante desempenho negativo de cerca de R$124 milhões no segundo trimestre do ano passado.

Em termos ajustados, o Ebitda ficou negativo em R$ 15,5 milhões, melhora ante o desempenho também negativo de R$ 130,8 milhões de um ano antes.

CBA

CBA (CBAV3), controlada pelo grupo Votorantim, fechou a quarta-feira com ganho de 2,63%, a R$ 12,11, depois de comunicar lucro líquido de R$ 511 milhões no segundo trimestre, crescimento de 29% sobre o mesmo período do ano passado, em meio a uma alta de 20% no preço médio do alumínio nos mercados internacionais.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado disparou 73% ante o segundo trimestre de 2021, para R$ 641 milhões, avançando 16% ante os primeiros três meses deste ano.

Analistas, em média, esperavam um Ebitda de R$ 587 milhões para a CBA no segundo trimestre, segundo dados da Refinitiv.

XP

A ação da XP negociada em Nova York teve uma forte perda, enquanto o recibo (XPBR31) do papel (chamado de BDR) negociado na B3, fechou o dia em queda de 13,79%, negociado a R$ 103,44.

A empresa informou lucro líquido de R$ 1,046 bilhão de abril a junho deste ano, avanço de 1% sobre um ano antes e de 6% na base sequencial. A receita líquida da XP no período, de R$ 3,429 bilhões, foi 14% maior em um ano, enquanto a captação líquida no trimestre, de R$ 43 bilhões, foi 43% menor do que um ano antes. Em termos ajustados, a queda foi de 6%.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no trimestre foi de R$ 1,215 bilhão, queda de 2% ano a ano, com a margem encolhendo 5,9 pontos percentuais, a 35,4%

Em relatório, o BTG Pactual afirmou que depois de relatar resultados no primeiro trimestre mais fracos do que o esperado em maio, a XP teve uma melhora no segundo trimestre, mas com números abaixo das expectativas o banco de investimentos. O lucro líquido ficou 2% acima do projetado pela casa, mas a receita líquida e o Ebitda ficaram 2% e 6%, respectivamente, abaixo do estimado pelo BTG.

Commodities

O desempenho foi misto entre as companhias que atuam com commodities. A Petrobras fechou em queda na véspera do último dia para comprar ações com o objetivo de receber dividendos da companhia.

No último dia 28, a companhia informou que seu conselho de administração aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 6,732 por ação, o que totaliza uma quantia de R$ 87,8 bilhões. 

A mineradora Vale fechou o dia com ganho. Os contratos futuros do minério de ferro encerram em leve alta de 0,14% na bolsa de Dalian, na China, o principal mercado consumidor do produto. Confira o desempenho dos papéis nesta quarta-feira:

Ação Cotação em R$Variação em relação ao pregão anterior em %
PRIO3 24,80-1,00
PETR4 37,11-0,32
VALE3 70,050,07
PETR3 39,71-0,35
GGBR4 25,380,51
GGBR3 20,871,26
RRRP3 34,40-0,17
USIM5 9,111,56
USIM3 8,692,36
CSNA3 15,731,88
CMIN33,883,47

*Com agências

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