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Finanças

Ibovespa recua sem alívio em receios sobre Oriente Médio e juros nos EUA

Já o dólar teve queda sobre o real, terminando a semana em R$ 5,03.

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira (20) pelo quarto pregão consecutivo, refletindo ainda preocupações com o movimento dos Treasuries e os próximos passos do Federal Reserve, além dos riscos potenciais do conflito no Oriente Médio. O dólar caiu sobre o real.

O Ibovespa caiu 0,74%, aos 113.155 pontos, e na semana recuou 2,25%. O dólar teve queda de 0,45%, a R$ 5,0302, e na semana teve variação negativa de 1,15%.

Para o gestor de renda variável César Mikail, da Western Asset, os mercados continuam voláteis e devem permanecer assim até que ocorra uma estabilização no movimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA

“E isso acaba nos impactando”, afirmou, acrescentando que o mercado brasileiro acaba tendo uma volatilidade parecida com a dos pregões no exterior.

Ele ressaltou que a guerra entre Israel e o Hamas é também um componente importante no cenário, adicionando volatilidade em razão do risco de escalada do conflito e eventual entrada de outros países.

Vista geral mostra fumaça subindo após ataques israelenses em Gaza 09/10/2023 REUTERS/Mohammed Salem

Em Nova York, o S&P 500 encerrou em queda de 1,26%, mas o rendimento do Treasury de 10 anos reduziu o fôlego e terminava o dia a 4,9073%, de 4,988% na véspera e após marcar 4,995% na máxima do dia.

A queda dos yields refletiu busca por segurança em meio a temores de escalada da guerra no Oriente Médio, após o retorno do papel de 10 anos renovar máximas em anos por receios de que os juros permanecerão mais altos nos EUA por mais tempo.

Destaques

Vale (VALE3) caiu 2,70%, a R$ 62,68, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, reflexo de preocupações com o mercado imobiliário e a produção de aço mais fraca do que o esperado. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian recuou 3,2%, a 839 iuanes (US$ 114,64) por tonelada métrica no fechamento das negociações diurnas.

Petrobras (PETR4) fechou em baixa de 1,28%, a R$ 37,85, após renovar máxima histórica intradia mais cedo, a R$ 38,86. Na véspera, a companhia anunciou alta do preço do diesel em 6,6% nas refinarias, enquanto reduziu o da gasolina em 4%. No exterior, os preços do petróleo avançaram mais cedo, mas Brent terminou o dia em queda de 0,24%.

Natura (NTCO3) valorizou-se 2,96%, a R$ 12,87, em meio a ajustes, após seis pregões consecutivos de baixa, período em que contabilizou uma perda de quase 17%. A correção encontrou apoio no alívio na curva futura de juros local. O índice do setor na B3 terminou com acréscimo de 0,26%.

BRF (BRFS3) subiu 3,85%, a R$ 10,79, com analistas do JPMorgan elevando previsão para o Ebitda da companhia em 2024, bem como o preço-alvo dos papéis de R$ 12 para R$ 13, citando melhor visibilidade dos lucros no horizonte, apoiada pela recuperação de margem no mercado doméstico para aves e queda nos custos de ração.

Magazine Luiza (MGLU3) recuou 4,35%, a R$ 1,54, renovando mínima em vários anos. Na contramão Casas Bahia (BHIA3) subiu 4%, a R$ 0,52. Em outubro até a quinta-feira, Magalu acumulava uma perda de 24%, enquanto Casas Bahia tinha um declínio de quase 21%.

(*Com informações da Reuters)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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