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Finanças

Dólar vira e recua; Ibovespa fecha quase estável, na casa de 130 mil pontos

Reuniões do Fed e do Copom começam nesta terça; juros podem afetar dólar e bolsa.

Notas de dólar e real. 10 de setembro de 2015. REUTERS/Ricardo Moraes

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em leve queda nesta terça-feira (15). Já o dólar, que subia mais cedo, mudou de direção e passou a cair, terminando o dia em baixa sobre o real. Os olhares seguem voltados para as aguardadas reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil.

O Ibovespa caiu 0,09, aos 130.091 pontos. Veja a cotação do Ibovespa hoje. Já o dólar caiu 0,52%, comercializado a R$ 5,0428.

O Comitê Federal de Mercado Aberto norte-americano (Fomc, na sigla em inglês) e o Comitê de Política Monetária do BC doméstico (Copom) iniciam seus respectivos encontros nesta terça-feira (15) e anunciarão suas decisões no dia seguinte, na chamada “super quarta”.

Nos Estados Unidos, a maior parte dos investidores aposta que as prováveis pressões inflacionárias “transitórias” vão evitar que o Fed sinalize uma mudança imediata na política monetária, mas alguns funcionários do banco central norte-americano já começaram a reconhecer que estão mais próximos de um debate sobre quando retirar parte de seu estímulo.

Enquanto isso, no Brasil, uma pesquisa da Reuters com economistas mostrou que Banco Central provavelmente anunciará o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual na taxa Selic ao final de sua reunião, e possivelmente vai indicar um ciclo de alta de juros mais agressivo à frente ao abandonar seu compromisso com uma “normalização parcial” da política monetária.

“Tem início a reunião do Copom e, como todas as mais recentes, é uma decisão de suma importância quanto à comunicação, onde se concentram as expectativas do mercado e dos analistas, em especial na retirada do tema ‘ajuste parcial’ de juros”, disse em nota Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Segundo ele, as expectativas dos mercados em relação aos juros básicos têm sido justificadas por dados domésticos fortes de inflação e crescimento da economia, bem como pelos sinais de avanço na imunização da população brasileira contra a covid-19.

Destaques

Vale (VALE3) recuou 1,95%, principal peso negativo no Ibovespa, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho nesta sessão. Desde as máximas históricas no começo maio, os papéis da Vale acumulam declínio de mais de 7%. Em 2021, porém, ainda contabilizam valorização de 33,25%.

A unit do Banco Inter (BIDI11) fechou em queda de 2,73%. O conselho de administração do banco digital aprovou oferta primária de units com esforços restritos da ordem de R$ 5,5 bilhões, com o preço por unit fixado em R$ 57,84. A divulgação do volume final da oferta está previsto para 24 de junho.

Azul (AZUL4) recuou 2,66%, em sessão de ajustes para vários papéis que se beneficiam da reabertura econômica e vinham apresentando performance mais positiva com notícias favoráveis sobre a atividade no Brasil. O desempenho recente do papel – que até a véspera acumulavam alta de 10,9% no mês – ainda tem de pano de fundo melhora no tráfego e captação no exterior, bem como anúncio de que está estudando ativamente oportunidades de consolidação da indústria e que se enxerga em uma posição forte para liderar esse processo.

Petrorio (PRIO3) avançou 3,61%. O Morgan Stanley publicou relatório de início de cobertura para o setor, com recomendação “equalweight” e preço-alvo de 22,5 reais. O documento citou o foco da companhia em ativos offshore maduros, mas avaliou que os eventos positivos já estão no preço.

A unit do BTG Pactual (BPAC11) ganhou 3,01%. Analistas do Itaú BBA reiteraram nesta terça-feira recomendação “outperform” para as units do banco e elevaram o preço-alvo de 120 para 150 reais, avaliando que o banco está remodelando o setor brasileiro de investimentos no varejo. “Esperamos que o ímpeto da ação permaneça sólido em ganhos e fluxo de notícias positivas, e acreditamos que o re-rating é garantido”, diz o relatório, no qual a equipe comandada por Pedro Leduc também revisou para cima projeções para o banco.

B3 (B3SA3) subiu 2,14%, no terceiro dia seguido de recuperação. O papel fechou na mínima em cerca de um ano na última quinta-feira, em meio a ruídos envolvendo um eventual novo competidor, bem como alguma acomodação nos volumes de negociação de ações. Vários analistas saíram em defesa da ação nos últimos dias, reiterando recomendação “outperform” ou “compra”, entre eles as equipes de BTG Pactual, Citi, Safra e Bradesco BBI.

Bolsas globais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street encerraram em queda nesta terça, com dados mostrando uma inflação mais forte e vendas mais fracas no varejo dos Estados Unidos em maio desencorajando os investidores, que já estavam nervosos enquanto aguardavam o resultado da última reunião de política monetária do Fed.

  • Dow Jones caiu 0,27%, para 34.301,83 pontos
  • S&P 500 perdeu 0,2%, para 4.246,59 pontos
  • Nasdaq desvalorizou-se 0,71%, para 14.072,86 pontos

Europa

As ações europeias fecharam em alta pela oitava sessão consecutiva nesta terça-feira, impulsionadas pelo otimismo em relação à recuperação econômica neste ano, mas os ganhos foram limitados porque os investidores se resguardaram antes da reunião de política monetária do Fed.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,36%, a 7.172 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,36%, a 15.729 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,35%, a 6.639 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,08%, a 25.736 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,54%, a 9.230 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,05%, a 5.201 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em baixa nesta terça-feira (15), uma vez que as tensões entre Pequim e o Ocidente azedaram o sentimento do investidores após líderes do G7 criticarem o país asiático sobre uma série de assuntos, o que a China chamou de interferência em suas questões internas.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,96%, a 29.441 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,71%, a 28.638 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,92%, a 3.556 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,11%, a 5.166 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,20%, a 3.258 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,92%, a 17.371 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,69%, a 3.174 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,92%, a 7.379 pontos.

Veja também

(*Com informações de Reuters)

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