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Finanças

Ibovespa fecha em queda, mas sobe 1,88% na semana; dólar avança

O principal índice da bolsa brasileira foi impactado por tombo nas bolsas dos Estados Unidos e pela preocupação fiscal interna.

Ações ibovespa
Crédito: Shutterstock

Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda nesta sexta-feira (21), impactado pelo tombo nas bolsas dos Estados Unidos e pela preocupação fiscal interna. Já o dólar, por sua vez, encerrou em alta.

No dia, o Ibovespa recuou 0,15%, aos 108.942 pontos. Na semana, o índice subiu 1,88%. Já o dólar avançou 0,72%, negociado a R$ 5,4542, mas fechou a semana em queda de 1,06%.

“A volatilidade se fez presente, o que é normal em dia de vencimento de opções, mas a sessão também contou com o cenário externo ainda pressionado pelas perspectivas de alta dos juros nos Estados Unidos e preocupações com alguns balanços corporativos”, explica o economista Alexsandro Nishimura, head de conteúdo e sócio da BRA.

Cenário fiscal

Investidores monitoram o cenário fiscal. Nesta sexta, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que negocia com o Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir o preço dos combustíveis e da energia elétrica ainda neste ano. Segundo Bolsonaro, a PEC daria “alívio” aos consumidores.

Além disso, o mercado local aguardava a sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente, cujo prazo se esgota nesta sexta-feira, de olho na potencial inclusão de reajustes salariais a categorias do funcionalismo.

Bolsonaro deu sinais contrastantes sobre o assunto nas últimas semanas e manteve a pauta em aberto.

O Congresso Nacional reservou no Orçamento de 2022 aprovado um aumento para três categorias da segurança pública federal, mas o texto precisa da sanção de Bolsonaro para ser efetivado. Outras categorias do funcionalismo, como servidores do Banco Central, se mobilizaram nesta semana em pressão para serem incluídas nos potenciais reajustes.

Olho nos EUA

Investidores ainda seguem atentos a pistas sobre o Federal Reserve (Fed). A próxima reunião do banco central norte-americano ocorre na semana que vem. O mercado espera sinais de uma alta na taxa de juros do país tão cedo quanto março, depois de dados na semana passada mostrarem que os preços ao consumidor dos EUA em dezembro tiveram o maior aumento anual em quase quatro décadas.

Destaques da bolsa

As ações de exportadoras de commodities pressionaram o índice, enquanto papéis ligados ao consumo mantiveram o bom desempenho das últimas sessões e tiveram contribuição positiva.

Os papéis da Vale (VALE3) encerraram o pregão em queda de 2,07%, mesmo após nova alta do minério de ferro na China, que subiu 3% em Dalian e registrou terceiro ganho semanal consecutivo.

Siderúrgicas também caíram, com Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) fechando no vermelho, com perdas de 4,08% e 4,28%, respectivamente. Novos estímulos monetários alimentaram expectativas de demanda mais forte, mas os preços internacionais do aço seguem limitados por cortes de produção em usinas no exterior.

Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (LAME4 e AMER3) subiram pela terceira sessão consecutiva.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street fecharam em forte queda nesta sexta-feira depois de os papéis da Netflix (NFLX34) despencarem na esteira de um balanço fraco que também pesou sobre rivais, e as bolsas encerraram uma semana ruim em tom negativo.

O índice S&P 500 fechou em queda de 1,89%, a 4.397,94 pontos. O Dow Jones caiu 1,30%, a 34.265,37 pontos, em baixa pela sexta sessão consecutiva, mais longa sequência negativa desde fevereiro de 2020. Já o índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 2,72%, a 13.768,92 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta sexta-feira, marcando sua terceira semana consecutiva de perdas, com o nervosismo sobre o aperto da política monetária pelos principais bancos centrais este ano e dados econômicos fracos provocando forte queda nas bolsas globais.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,20%, a 7.494,13 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,94%, a 15.603,88 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,75%, a 7.068,59 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,84%, a 27.061,40 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,36%, a 8.694,70 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,43%, a 5.582,76 pontos.

( * Com informações da Reuters)

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