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Finanças

Ibovespa fecha em alta após atingir menor patamar desde agosto de 2020

O principal índice da B3 foi puxado pela alta dos papéis da Vale e Petrobras, beneficiadas pelos avanços dos preços das commodities.

Celular com gráfico ilustrando movimento de ações no ibovespa

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a terça-feira (23) em alta, após cair ao patamar de 101 mil pontos durante o pregão. A valorização do minério de ferro deu suporte ao índice, impulsionando a Vale (VALE3), enquanto a Petrobras (PETR3 e PETR4) também avançou em meio à alta do petróleo no exterior. O dólar fechou em alta.

O Ibovespa subiu 1,50%, aos 103.653 pontos, depois de atingir o patamar de 101.736 pontos na mínima do dia – o menor desde agosto do ano passado. Já o dólar avançou 0,27% comercializado a R$ 5,6083, após oscilar entre R$ 5,5980 e R$ 5,6628.

Cenário interno

No Brasil, seguiram as discussões e negociações da PEC dos Precatórios no Senado. A proposta precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser votada pelo plenário da Casa.

Mauro Morelli, estrategista-chefe da Davos Investimentos, disse não concordar com a visão de alguns participantes do mercado de que eventual aprovação da PEC dos Precatórios poderia representar uma “virada de página” na recente incerteza doméstica em torno das contas públicas.

“Acho que o problema fiscal brasileiro no curto prazo não está somente amarrado à PEC. Ele está na baixa confiança de agentes econômicos no comprometimento do governo com o teto fiscal”, afirmou o estrategista.

“E a pressão por mais gastos não vai terminar no curto prazo”, alertou, uma vez que as eleições presidenciais – amplamente vistas pelo mercado financeiro como incentivo a medidas populistas – só acontecerão no segundo semestre de 2022.

Morelli acredita que o dólar deve alcançar patamares elevados de até R$ 5,80 ao longo do ano que vem, devido a eventuais aumentos de juros nos EUA e pressão das eleições no Brasil, mas vê possibilidade de que a moeda encerre 2022 mais barata, em torno do R$ 5,40. Isso porque o próximo presidente do Brasil já estará definido e a taxa Selic estará em patamares bem altos, dando apoio ao real.

Destaques da B3

As ações das companhias de tecnologia voltaram a cair forte no pregão desta terça-feira, com os papéis de Méliuz liderando as baixas do Ibovespa. Na outra ponta, Braskem e companhias ligadas às commodities, em especial as petroleiras e as siderúrgicas, subiram forte puxando o principal indicador da bolsa para cima. Confira os destaques do dia.

Bolsas Mundiais

Wall Street

O Nasdaq amargou o pior desempenho, conforme o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano pesou sobre ações de grandes empresas de tecnologia, enquanto ganhos em papéis dos setores bancário e de energia ajudavam a limitar perdas mais amplas do mercado.

O índice Dow Jones subiu 0,55%, a 35.813 pontos, enquanto o S&P 500, que mais cedo registrava perdas, encerrou em alta de 0,17%, a 4.690 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,50%, a 15.775 pontos.

Europa

As ações europeias caíram para uma mínima em três semanas nesta terça-feira, registrando sua pior sessão em quase dois meses, com o ressurgimento de casos de covid-19 aumentando temores de restrições mais rígidas na região, enquanto os papéis de energia e mineradoras subiram com a alta dos preços das commodities.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,15%, a 7.266,69 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,11%, a 15.937,00 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,85%, a 7.044,62 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,62%, a 26.939,40 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,07%, a 8.815,10 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,40%, a 5.497,53 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações de Xangai fecharam em alta nesta terça-feira uma vez que o apetite por risco foi impulsionado pela perspectiva de que a China vai reduzir os custos de financiamento corporativo e ajudar pequenas empresas, enquanto o setor imobiliário recuperou perdas depois de os bancos serem instruídos a realizar mais empréstimos para projetos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,20%, a 24.651 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,20%, a 3.589 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,02%, a 4.913 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,53%, a 2.997 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,77%, a 17.666 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,30%, a 3.227 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,78%, a 7.410 pontos.

( * Com informações da Reuters)

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