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Finanças

Ibovespa fecha em alta após 7 quedas seguidas; dólar cai

Indicador sobe diante do salto de ações ligadas às commodities metálicas e sessão positiva em Nova York.

B3 Bolsa Ibovespa
Crédito: Shutterstock

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sessão em alta nesta quarta-feira (27), tentando se levantar após sete baixas seguidas, a maior sequência negativa desde 2016. O desempenho positivo em Wall Street e a reação a dado de inflação local abaixo do esperado também corroboravam humor mais positivo. Já o dólar teve dia de baixo desempenho.

No dia, o Ibovespa avançou 1,05%, aos 109.349 pontos. Já o dólar recuou 0,45%, negociado a R$ 4,9675. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 5,0403.

A agenda corporativa também é destaque, com expectativa por números do primeiro trimestre de dois pesos pesados do índice. A Vale (VALE3) irá publicar balanço financeiro e a Petrobras (PETR3, PETR4) irá anunciar relatório de produção e vendas, após o fechamento do mercado.

Cenário externo

Por trás do desempenho fraco de ativos arriscados de todo o mundo está a perspectiva de um aperto monetário mais agressivo nos Estados Unidos, que aponta retornos mais interessantes na renda fixa norte-americana à frente, o que tende a impulsionar o apelo do dólar. Várias autoridades do Federal Reserve, banco central dos EUA, incluindo o chair Jerome Powell, já indicaram que subirão os juros em 0,5 ponto percentual em seu encontro de 3 e 4 de maio.

Também tem afetado o apetite por risco o temor de desaceleração econômica na China, cujo centro financeiro de Xangai está sob um rígido lockdown há cerca de um mês, à medida que o país enfrenta novos surtos de covid-19.

Cenário interno

Enquanto isso, no Brasil, investidores digeriram a notícia de que o IPCA-15, prévia da inflação brasileira, teve neste mês alta de 1,73%, contra 0,95% em março, maior patamar para abril desde 1995 (1,95%). Apesar da forte aceleração, a leitura ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de taxa de 1,85%.

O resultado levou o avanço acumulado do IPCA-15 a 12,03% nos 12 meses até abril, contra projeção de alta de 12,16%.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, comentou que o resultado, embora abaixo da expectativa, deve manter a porta aberta para um aumento de juros além do próximo encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central, quando o colegiado deve aumentar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 12,75%.

“Acho que o mercado penalizaria, em termo de câmbio e de curva de juros”, qualquer sinalização de que o BC interromperia o ciclo de aperto monetário já no mês que vem, disse Cruz.

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice S&P 500 encerrou em alta nesta quarta-feira, após uma queda acentuada no dia anterior, com fortes previsões de receita da Microsoft (MSFT34) e da Visa que (VISA34) ajudando a aliviar preocupações com a desaceleração do crescimento econômico global e aumentos nas taxas de juros.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,17%, para 4.182,38 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq teve variação negativa de 0,03%, para 12.487,18 pontos. O Dow Jones subiu 0,14%, para 33.286,68 pontos.

Europa

O mercado acionário europeu quebrou uma série de três dias de perdas nesta quarta-feira, com ações de materiais básicos em alta de 4,5%, mas a recuperação foi contida depois de a gigante de energia russa Gazprom interromper o fornecimento de gás para Bulgária e Polônia e após queda na confiança do consumidor alemão.

O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,7%, depois de ter atingido mínimas em seis semanas na abertura. As mineradoras e as ações de petróleo estenderam os ganhos a um segundo dia consecutivo, com a primeira a caminho de recuperar toda a queda de 6% de segunda-feira.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,53%, a 7.425,61 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,27%, a 13.793,94 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,48%, a 6.445,26 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,63%, a 23.830,11 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,46%, a 8.477,70 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,42%, a 5.886,34 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China recuperaram-se com força de mínimas de dois anos nesta quarta-feira, impulsionadas pela expectativa de que o país irá priorizar o crescimento econômico e aperfeiçoar suas políticas contra o coronavírus.

O sentimento melhorou com dados mostrando que os lucros das empresas industriais da China cresceram em ritmo mais rápido em março na comparação com um ano antes, e sinais de que o iuan está se estabilizando após queda recentemente.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,17%, a 26.386 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,06%, a 19.946 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 2,49%, a 2.958 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 2,94%, a 3.895 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,10%, a 2.639 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,05%, a 16.303 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,04%, a 3.320 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,78%, a 7.261 pontos.

*Com informações da Reuters.

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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