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Kremlin diz que não há planos concretos para reunião com Biden

Uma cúpula poderia oferecer um possível caminho para sair da maior crise militar da Europa em décadas.

Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Joe Biden, durante encontro em Genebra
Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Joe Biden, durante encontro em Genebra. 16/06/2021 Saul Loeb/Pool via REUTERS

O Kremlin disse nesta segunda-feira (21) que não há planos concretos para uma cúpula sobre a Ucrânia entre o presidente russo Vladimir Putin e seu colega norte-americano, Joe Biden, depois que o presidente francês afirmou que os dois líderes concordaram com uma reunião em princípio.

Uma cúpula poderia oferecer um possível caminho para sair da maior crise militar da Europa em décadas, e os mercados financeiros subiram na esperança de uma solução diplomática.

No entanto, tanto Washington quanto Moscou minimizaram as esperanças de um avanço, e imagens de satélite pareciam mostrar mobilizações russas mais próximas da fronteira da Ucrânia do que antes.

Países ocidentais acusam a Rússia de planejar uma invasão de sua vizinha. Moscou nega estar planejando qualquer ataque, mas exigiu garantias de segurança, incluindo a promessa de que a Ucrânia nunca se juntaria à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A situação ficou ainda mais tensa quando o Ministério da Defesa de Belarus anunciou no domingo que a Rússia estenderia os exercícios militares em Belarus que estavam programados para terminar. A Rússia tem dezenas de milhares de soldados lá, ao norte da fronteira ucraniana.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que um telefonema ou encontro entre Putin e Biden pode ser marcado a qualquer momento, mas ainda não há planos concretos para uma cúpula. As tensões seguem crescendo, mas os contatos diplomáticos estão ativos e uma reunião de ministros das Relações Exteriores é possível esta semana.

Ele também afirmou que Putin discursará em breve em uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança da Rússia.

A Casa Branca disse em comunicado que Biden aceitou a reunião “em princípio”, mas apenas “se uma invasão não acontecer”.

“Estamos sempre prontos para a diplomacia”, declarou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki. “Também estamos prontos para impor consequências rápidas e severas, caso a Rússia opte pela guerra.”

Os países ocidentais estão preparando sanções que dizem ser de longo alcance contra empresas e indivíduos russos no caso de a Rússia invadir, incluindo medidas para impedir que instituições financeiras dos EUA processem transações para grandes bancos russos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, chegando a Bruxelas para se encontrar com seus colegas da União Europeia, pediu ao bloco que comece a impor algumas sanções à Rússia agora para mostrar que está firme sobre querer evitar uma guerra.

O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que ainda vê espaço para a diplomacia, mas convocará uma reunião extraordinária da UE para aprovar as sanções “quando chegar o momento”.

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