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Negócios

Ibovespa fecha abaixo de 120 mil pontos, no menor patamar desde maio

Temores sobre China, Afeganistão e cenário fiscal doméstico mexem com câmbio e Ibovespa.

ibovespa

O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (16), no menor patamar desde maio, refletindo a crescente preocupação de investidores com o cenário político e fiscal doméstico e após dados econômicos decepcionantes da China. O dólar avançou.

O Ibovespa caiu 1,66%, aos 119.180 pontos, após perder 2,07% no pior momento do dia e chegar à casa dos 118 mil pontos. Veja a cotação do Ibovespa hoje. O dólar subiu 0,65%, a R$ 5,2791, após passar de R$ 5,29 no pico do dia. Veja a cotação do dólar hoje.

A segunda-feira era de cautela generalizada nos mercados globais, após dados mostrarem que o crescimento da produção industrial e das vendas no varejo da China desacelerou com força e ficou abaixo das expectativas dos mercados em julho.

Afeganistão

Assim como os dados da China, as preocupações em relação à situação tensa no Afeganistão afetam os mercados financeiros nesta segunda. A conquista rápida da capital Cabul por parte do Taliban ocorre na esteira da decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de retirar as forças de seu país do Afeganistão depois de 20 anos de uma guerra que custou bilhões de dólares.

Além de bolsas de valores e câmbio, os temores impactaram também as cotações do petróleo, com o Brent (principal referência do mercado) chegando a recuar mais de 2% mais cedo. Por aqui, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) chegaram a cair mais de 3%, pressionando ainda mais o Ibovespa devido ao peso importante que têm sobre a composição do índice. Ao final dos negócios, o papel preferencial caiu 2,42% e o ordinário, 1,91%.

“Além dos dados decepcionantes na China, a cautela no cenário internacional com os problemas geopolíticos também pesa” nos mercados, disse em nota Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora. “O avanço do Taliban para controlar o Afeganistão, em meio à retirada das tropas americanas, é monitorado pelos investidores ao redor do globo, e a disseminação do coronavírus e seus efeitos para a economia mundial seguem como preocupação.”

“No dia de hoje, estamos vivendo uma tempestade nos cenários nacional e internacional. No campo internacional, estamos vendo muita instabilidade com a questão do Talibã tomando o poder no Afeganistão e a China acenando ao Talibã, o que não pesa bem nos mercados internacionais”, acrescenta Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.

Cenário interno

O noticiário externo exacerbava o pessimismo já presente nos mercados brasileiros em meio ao perseverante ruído político e fiscal, que tem ajudado a manter o dólar em patamares elevados nas últimas semanas.

A proposta de parcelamento dos pagamentos de precatórios, encaminhada pelo governo ao Congresso, elevava as dúvidas sobre a capacidade da União de honrar suas obrigações e respeitar o teto de gastos, enquanto a tensão política atrapalhava o avanço de reformas importantes no Legislativo, disse à Reuters Alexandre Almeida, da CM Capital. “Tudo isso traz volatilidade para o mercado, o que tem impacto no dólar.”

Destaques da bolsa

O dia é marcado por CVC (CVCB3) no topo das quedas, após reportar seu balanço financeiro na sexta-feira. Quem também registra forte desvalorização é a Meliuz (CSAH3), que divulgou seus resultados nesta manhã, acompanhada de Cosan (CSAN3). Veja mais destaques da Bolsa hoje.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Os índices S&P 500 e Dow Jones atingiram nesta segunda-feira novas máximas recordes, à medida que investidores se movimentaram para setores defensivos e ações recuperaram perdas do início da sessão, superando o impacto de dados econômicos mais fracos da China.

  • O índice Dow Jones subiu 0,31%, a 35.625 pontos
  • S&P 500 ganhou 0,262086%, a 4.480 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,2%, a 14.794 pontos.

Europa

As ações europeias interromperam nesta segunda-feira uma série de dez altas diárias, após a surpreendente desaceleração em indicadores econômicos da China, com papéis vinculados a commodities em queda mais expressiva.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,90%, a 7.153 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,32%, a 15.925 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,83%, a 6.838 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,76%, a 26.448 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,81%, a 8.926 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,02%, a 5.220 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China caíram nesta segunda após dados econômicos decepcionantes levantarem novas preocupações sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo, mas apostas de mais estímulo para impulsionar a recuperação instável limitaram as perdas.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,62%, a 27.523 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,80%, a 26.181 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,03%, a 3.517 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,10%, a 4.941 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI permaneceu fechado.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,73%, a 16.858 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,63%, a 3.145 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,61%, a 7.582 pontos.

(* Com informações da Reuters)

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