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Finanças

Ibovespa fecha em alta e dólar cai; de olho em IPCA e dados do varejo

Forte queda das ações do Bradesco, no entanto, reduz ganhos do Ibovespa.

B3 Bolsa Ibovespa
Crédito: Shutterstock

Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, a B3, fechou em alta nesta quarta-feira (9), mesmo pressionado por forte queda das ações do Bradesco (BBDC3 e BBDC4) após a divulgação do resultado do 4º trimestre. O mercado também repercutiu a divulgação de dados de inflação e vendas no varejo. O dólar virou e fechou em queda sobre o real.

O Ibovespa subiu 0,2%, aos 112.461 pontos. O dólar caiu 0,65%, a R$ 5,2259.

Inflação e expectativas para a Selic

inflação ao consumidor no Brasil iniciou 2022 em desaceleração mas com a maior taxa para o mês de janeiro em seis anos, permanecendo acima de 10% no acumulado em 12 meses e mantendo a pressão sobre o Banco Central para elevar a taxa Selic.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54% em janeiro, depois de avanço de 0,73% em dezembro, resultado em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,55%.

“Os dados parecem reforçar a avaliação do Copom de que a inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes e mais persistente que o antecipado”, comentou Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA.

Além disso, mais cedo o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, afirmou em evento que o BC está atuando na política monetária com foco, principalmente, em 2023.

As declarações foram lidas como mais ‘hawkish’ (mais dura com a inflação e favorável a juros altos) do que a ata da última reunião divulgada pelo BC na terça-feira (8).

“Ele afirmou que a expectativa do BC de que inflação para 2023, apesar de numericamente em cima da meta, está acima da meta ao considerar o balanço de riscos”, disse em nota Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, que elevou projeção de Selic para o ano e baixou a estimativa d crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) após as falas.

No dia anterior a ata já tinha desencadeado uma série de revisões para cima da Selic por bancos.

Varejo

As vendas no varejo brasileiro tiveram queda de 0,1% em dezembro na comparação com o mês anterior e recuaram 2,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de perdas de 0,5% na comparação mensal e de 3,3% sobre um ano antes.

“O cenário para o consumo das famílias em 2022 continua bastante desafiador, com inflação persistente, pressão sobre salários reais, juros em alta e endividamento das famílias em crescimento. Por outro lado, a sólida recuperação do emprego, aliada ao novo programa governamental (Auxílio Brasil) devem ajudar no crescimento, mesmo que moderado, da renda disponível agregada das famílias”, disse Nishimura.

Destaques da bolsa

As ações do banco Bradesco (BBDC3 e BBDC4) lideraram as perdas do Ibovespa após a companhia reportar lucro abaixo do esperado pelo mercado. As ações do Itaú (ITUB3 e ITUB4) também ficaram no vermelho.

Fora do Ibovespa, a ação da Oi (OIBR3) fechou em queda de 2,88% após pregão de forte volatilidade em dia de decisão sobre a venda da Oi Móvel para as concorrentes.

Confira outros destaques da bolsa.

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street saltou nesta quarta-feira, com ações de grandes empresas com perfil de crescimento impulsionadas em dia de pausa na elevação das taxas de juros de mercado, enquanto balanços corporativos animadores também encorajaram investidores a ir às compras.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 ganhou 1,45%, para 4.587,21 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite subiu 2,08%, para 14.490,37 pontos. O Dow Jones teve alta de 0,86%, para 35.768,99 pontos.

Europa

As ações europeias deram um salto nesta quarta-feira e registraram o maior ganho diário em dois meses, impulsionadas por um conjunto de fortes balanços corporativos do quarto trimestre, enquanto a Volkswagen teve expressiva alta com a possível listagem de sua marca de luxo Porsche AG. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,72%, a 473,33 pontos.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,01%, a 7.643,42 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,57%, a 15.482,01 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,46%, a 7.130,88 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,72%, a 27.128,99 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,98%, a 8.846,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,94%, a 5.696,59 pontos.

Ásia e Pacífico

O mercado acionário da China fechou em alta nesta quarta-feira, impulsionado por empresas de consumo conforme os investidores domésticos reconsideraram os altos valores das ações de crescimento em meio aos riscos externos, bem como por compras de investidores internacionais.

Analistas disseram que preocupações com sanções e possíveis altas de juros dos Estados Unidos levaram os investidores a sair de papéis de crescimento e optar por setores mais tradicionais.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,08%, a 27.579 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,06%, a 24.829 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,79%, a 3.479 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,94%, a 4.652 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,81%, a 2.768 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,03%, a 18.151 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,54%, a 3.420 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,14%, a 7.268 pontos.

(* Com informações da Reuters)

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