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Finanças

Ibovespa fecha em queda, descolado das bolsas do exterior; dólar sobe

Lá fora, mercados se animaram com notícias positivas sobre a variante ômicron, mas cenário interno pesou sobre o Ibovespa.

ibovespa

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operou e encerrou o pregão em queda nesta terça-feira (4), mantendo-se descolado do clima positivo das bolsas globais nesse início de 2022. O dólar fechou em alta em relação ao real.

O principal indicador da bolsa brasileira recuou 0,39%, aos 103.513 pontos. Já o dólar avançou 0,48%, negociado a R$ 5,6895.

Apesar das ações de bancos e de empresas ligadas a commodities terem subido, papéis relacionados ao consumo e ao setor de tecnologia cederam, com alta dos juros futuros no Brasil e do rendimento dos títulos do governo dos Estados Unidos como pano de fundo.

Lá fora, os mercados se animaram com perspectivas melhores para a variante ômicron do vírus da covid-19, enquanto no Brasil investidores monitoraram a saúde do presidente Jair Bolsonaro, que não precisará passar por cirurgia em meio a um quadro de obstrução intestinal. Ainda no cenário interno, o movimento de servidores por reajustes salariais também ficou no radar.

Variante ômicron

Os principais índices de ações dos Estados Unidos subiram, assim como o índice pan-europeu STOXX 600, ampliando um início positivo de ano, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) dizer que estão surgindo novas evidências de que a variante ômicron do coronavírus afeta o trato respiratório superior, causando sintomas mais leves do que as variantes anteriores.

A alta das ações no exterior ocorrem mesmo com o aumento de expectativas de uma política monetária mais apertada nas economias mais avançadas – ou seja, juros mais altos. Essas perspectivas têm impulsionado os rendimentos dos títulos do governo nos EUA e na zona do euro.

Cenário interno

No Brasil, o Ibovespa tentou seguir o bom humor externo, mas, assim como no dia anterior, o otimismo da abertura durou pouco. Pesou na cena doméstica o movimento de servidores por reajustes salariais, que ganhou apoio de funcionários do Banco Central. Servidores da área de planejamento e orçamento do governo federal também avaliaram medidas, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”.

O receio dos investidores foi de que a pressão de diferentes categorias por aumentos de salários pudesse pressionar ainda mais o governo a aumentar os gastos, especialmente em ano eleitoral.

Além dessa preocupação com a questão fiscal, as expectativas de menor crescimento da economia do Brasil em 2022, taxa de juros em alta e inflação em patamares elevados, também ajudaram a limitar desempenho da bolsa brasileira.

Destaques da bolsa

As units do Banco Inter (BID11) dominaram as quedas do Ibovespa nesta terça-feira ao finalizarem o dia em queda de 13,68%, para R$ 14,41, em função da alta nos juros futuros.

Já as ações da BRF (BRFS3) diminuíram o recuo de mais de 5% e encerraram em queda de 3,45%, para R$ 22,42.

Saiba mais sobre o que rolou no pregão no dia, assista ao Boletim InvestNews.

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice Dow Jones alcançou uma máxima recorde de fechamento nesta terça-feira pelo segundo dia consecutivo, em meio a um rali de ações financeiras e industriais, enquanto o Nasdaq caiu.

O índice S&P 500 fechou em queda de 0,06%, a 4.793,54 pontos. O Dow Jones subiu 0,59%, a 36.799,65 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 1,33%, a 15.622,72 pontos.

Europa

As ações europeias ampliaram seu rali de ano-novo nesta terça-feira, lideradas por papéis de viagens e bancos, sensíveis à economia, em meio a novos sinais de que a variante ômicron do coronavírus pode ser menos grave do que inicialmente temido.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,82%, a 494,02 pontos, atingindo máxima recorde pela segunda sessão seguida.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,63%, a 7.505,15 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,82%, a 16.152,61 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,39%, a 7.317,41 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,81%, a 27.954,84 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,39%, a 8.795,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,58%, a 5.670,45 pontos.

Ásia e Pacífico

O mercado acionário da China recuou nesta terça-feira em seu primeiro dia de negociações de 2022, uma vez que a fraqueza nos papéis de tecnologia compensou a recuperação no setor imobiliário.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,77%, a 29.301 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,06%, a 23.289 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,20%, a 3.632 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,46%, a 4.917 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,02%, a 2.989 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,40%, a 18.526 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 1,50%, a 3.181 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,95%, a 7.589 pontos.

*Com informações da Reuters.

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