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Finanças

Ibovespa fecha em leve alta; dólar vai a mínima em mais de 2 semanas

Ações de varejistas foram o destaque positivo na bolsa brasileira.

Notas de reais e dólares 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta segunda-feira (27) acompanhando o desempenho positivo das bolsas no exterior e ainda sob influência de uma liquidez baixa por conta dos feriados de final de ano. Já o dólar emendou a quarta queda ante o real, fechando na mínima em mais de duas semanas.

O Ibovespa subiu 0,63%, aos 105.554 pontos. O dólar fechou em queda de 0,36%, a R$ 5,6387.

Os mercados internacionais mantêm o avanço da variante ômicron do coronavírus no radar, enquanto noticiário local continua enxuto.

No Brasil, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda, economistas reduziram suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano que vem de 0,5% para 0,42%, enquanto para este ano houve revisão de 4,58% para 4,51%.

Para a inflação, analistas reduziram projeção de 10,04% a 10,02% para 2021 e mantiveram em 5,03% para 2022. Economistas do Banco Original chamaram a atenção para a 3ª queda seguida nas projeções para a inflação em 2021, após subirem ao longo de todo o ano. A expectativa é de que as pressões para o Banco Central continuar subindo a taxa Selic estejam ganhando algum alívio.

“Um dos condicionantes para a ‘persistência’ na estratégia de aperto monetário do Copom era o descolamento das expectativas de inflação, que agora cedem pela 3ª semana seguida em direção à meta no horizonte mais longo”, destacaram os especialistas em relatório.

O índice que mede a confiança da indústria no Brasil também revela cenário desafiador para o próximo ano, ao fechar 2021 com sua quinta queda consecutiva mensal em dezembro e no nível mais fraco desde agosto de 2020, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas.

Além disso, a última semana do ano reserva dados fiscais, que na margem devem vir melhor que o esperado. “Os números fiscais do ano devem vir acima (melhores) do que os projetados no começo do ano, mas ao mesmo tempo com uma perspectiva fiscal muito ruim para o futuro“, ponderou Jason Vieira, economista-chefe e sócio da Infinity Asset, alertando que ainda há risco de a volatilidade atingir os mercados nestes últimos dias do ano.

Destaques da bolsa

O setor de varejo foi o destaque positivo na bolsa brasileira, em meio a notícias sobre o crescimento de vendas no final de ano. As ações de Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VII3) lideraram as altas do Ibovespa, avançando 9,35% e 8%, respectivamente.

A sessão teve diversas notícias no setor de varejo, que somadas “a números descontados do setor acabaram impactando nas altas de hoje”, diz Heloïse Sanchez da equipe de análises da Terra Investimentos. Ela citou dados preliminares de vendas no final de ano e relatórios de associações setoriais.

Os papéis de varejistas estão entre as maiores quedas do Ibovespa no ano, diante do impacto nos negócios de uma taxa de juros maior, uma inflação alta e maior competição no comércio eletrônico no país.

Por outro lado, as ações de companhias aéreas recuaram, acompanhando as empresas do setor nos Estados Unidos, refletindo cancelamento de voos devido à propagação da variante ômicron do novo coronavírus. Os papéis de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) fecharam em queda de 2,11% e 2,98%, respectivamente.

Bolsas mundiais 

Wall Street

O índice S&P 500 fechou em máxima recorde nesta segunda-feira, a quarta sessão consecutiva de ganhos. O movimento foi impulsionado por vendas no varejo que ressaltaram a força da economia dos EUA e diminuíram preocupações com os cancelamentos de voos causados pela variante ômicron.

O Dow Jones subiu 0,98%, para 36.302,38 pontos, o S&P 500 teve alta de 1,38%, para 4.791,19, e o Nasdaq encerrou com ganho de 1,39%, a 15.871,26.

Europa

As ações europeias fecharam em alta em dia de pouco volume, lideradas por ganhos em papéis de tecnologia e saúde, com a farmacêutica suíça Roche subindo com a aprovação regulatória para produtos relacionados à covid-19.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times permaneceu fechado.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,50%, a 15.835,25 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,76%, a 7.140,39 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,80%, a 27.231,20 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,68%, a 8.622,10 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,43%, a 5.534,89 pontos.

Ásia e Pacífico 

As ações da China fecharam em leve baixa, com perdas no setor de consumo compensando os ganhos em empresas imobiliárias, conforme o aumento das infecções locais por coronavírus, que pesaram sobre o sentimento antes do feriado do Ano Novo.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,37%, a 28.676 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG não teve operações.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,06%, a 3.615 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,04%, a 4.919 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,43%, a 2.999 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,49%, a 18.048 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,13%, a 3.104 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 permaneceu fechado

( * Com informações da Reuters)

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