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Finanças

Investidores deixam ações diante de pior perspectiva de crescimento desde 2008

Pesquisa também mostrou queda das alocações em ações globais para seus níveis mais baixos desde maio de 2020.

Investidores deixam ações diante de pior perspectiva de crescimento desde 2008
Ilustração com várias notas 26/01/2011. REUTERS/Kacper Pempel/Files

Os investidores estão mais preocupados com as perspectivas de crescimento global do que em qualquer outro momento desde a crise financeira de 2008, e aumentaram suas reservas de dinheiro vivo para o maior patamar em dois anos, de acordo com uma pesquisa mensal do BofA com gestores de fundos.

A maioria dos investidores consultados entre 4 e 10 de março –que administram, juntos, cerca de US$ 1 trilhão em ativos– agora espera um mercado baixista no mercado de ações em 2022, ou seja, queda de 20% ou mais dos ativos ante seus picos recordes.

A pesquisa também mostrou queda das alocações em ações globais para seus níveis mais baixos desde maio de 2020.

Os níveis de dinheiro em espécie entre os investidores subiram para quase 6% de suas carteiras, enquanto as alocações em commodities subiram para um recorde de 33%. A exposição líquida dos hedge funds aos mercados de ações está em seu nível mais baixo desde abril de 2020, de acordo com a pesquisa.

As posições mais buscadas são as compradas em petróleo/commodities, disse o banco de investimento norte-americano na nota, com posições compradas em ações de tecnologia e governança ambiental, social e corporativa (ESG) ficando em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Quase metade dos investidores consultados espera que o petróleo produza os melhores retornos em 2022.

A edição europeia da pesquisa mensal com gestores de fundos forneceu uma leitura sombria, com os investidores reduzindo suas perspectivas de crescimento para a Europa em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Um total de 69% dos entrevistados espera que a economia europeia enfraqueça no próximo ano, a maior proporção desde 2011. A diferença de 81 pontos percentuais em relação aos 12% de fevereiro que ainda esperavam ver crescimento marca a maior queda mensal desde que os registros do BoFA começaram, em 1994.

Os investidores também aumentaram ligeiramente suas expectativas para o número de aumentos de juros pelo Federal Reserve em 2022, mesmo depois que as condições de liquidez pioraram consideravelmente para o nível mais baixo desde que a pandemia de coronavírus atingiu os mercados financeiros, em março e abril de 2020.

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