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5 fatos para hoje: denúncias de assédio contra presidente da Caixa; greve do BC

Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco.

5 fatos para hoje: denúncias de assédio contra presidente da Caixa; greve do BC
Pedro Guimarães, presidente-executivo da Caixa 07/01/2019 REUTERS/Adriano Machado

1 – MP abre investigação para apurar denúncias de assédio de presidente da Caixa

O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal contra o presidente da instituição, Pedro Guimarães. A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo Estadão.

Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles nesta terça-feira (28). Segundo um dos relatos, uma funcionária diz que o presidente do banco teria passado a mão em suas nádegas.

Procurado pelo Estadão, o Ministério Público Federal afirmou que não fornece informações sobre procedimentos sigilosos. A Caixa não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.

Em nota ao Metrópoles, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.

“A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de ‘qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça'”, informou, em nota ao site.

2 – Bezerra adia coletiva de novo e apresentação de relatório da PEC fica para manhã desta quarta-feira

A entrevista coletiva do relator da chamada PEC dos Combustíveis, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), prevista para ocorrer às 18h desta terça-feira foi adiada mais uma vez, segundo a sua assessoria de imprensa, ficando para as 9h30 desta quarta-feira (29).

Não foi informada a razão do terceiro adiamento da apresentação do relatório da PEC.

Na sexta-feira, Bezerra adiantou que pretendia retirar do texto original da PEC uma previsão de compensação financeira a Estados que reduzissem ou zerassem tributos sobre combustíveis.

O tema suscita divergências com governadores. E, diante da pressão para resolver ou ao menos aplacar os efeitos da alta dos combustíveis justamente em um ano eleitoral, optou-se por destinar os recursos reservados na PEC para a ampliação de benefícios –caso do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás– e a criação do chamado “voucher caminhoneiro”.

Inicialmente, Bezerra apresentaria seu parecer para a Proposta de Emenda à Constituição na tarde de segunda-feira, mas houve um primeiro adiamento para a manhã desta terça. O senador disse que era preciso mais tempo “tendo em vista a necessidade de conclusão das avaliações técnicas e jurídicas sobre os temas relacionados à PEC”.

Mas na manhã desta terça houve o segundo adiamento, jogando a apresentação para as 18h. Agora, no entanto, Bezerra transferiu a divulgação de seu parecer para a manhã de quarta.

3 – Conta de luz: Aneel aprova aumento médio de 12% em São Paulo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (28) o reajuste tarifário das contas de luz deste ano da Enel Distribuição São Paulo. Os novos valores entrarão em vigor a partir de 4 de julho para os 24 municípios da área de concessão da distribuidora, que  atende cerca de 7,6 milhões de unidades consumidoras no estado.

O aumento médio para o consumidor será de 12,04%, sendo 18,03% para alta tensão e 10,15% para baixa tensão. Segundo a empresa, os consumidores de baixa tensão são, na maioria, clientes residenciais. Já os clientes de média e alta tensão são, em geral, indústrias e grandes comércios.

De acordo com a Enel, os principais fatores que influenciaram o aumento foram a inflação, além dos encargos setoriais, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), e os custos de compra de energia durante a crise hídrica de 2021. Ainda segundo a empresa, o aumento das tarifas seria de 27,64%, se não houvesse um “esforço de redução” por meio de medidas do governo federal e da companhia.

Bandeiras tarifárias

Na semana passada, a Aneel aprovou reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira.

No entanto, neste momento, os aumentos não tornarão as contas de luz tão caras porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023.

4 – Servidores do BC decidem continuar greve até último dia possível para reajuste

Mesmo sem sinalização de reajuste, os servidores do Banco Central decidiram manter a greve em assembleia no período da tarde desta terça-feira (28). Segundo o presidente do Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad, a paralisação vai continuar ao menos até o dia 4, último dia possível para conceder aumentos salariais para funcionários públicos este ano, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Na terça-feira (5) os servidores vão se reunir em assembleia novamente para definir os rumos do movimento.

No dia 4, a categoria também vai fazer um ato virtual nacional de valorização da carreira de especialista do Banco Central e também em protesto à postura do presidente do BC, Roberto Campos Neto, diante das demandas da categoria, que está mobilizada desde o início do ano e, em greve, há três meses.

“No dia 4/7/2022, faremos um ato nacional virtual de valorização da carreira de Especialista do BC, protestando contra a falta de diálogo e contra o desrespeito por parte do sr. Roberto Campos Neto em relação às demandas dos servidores”, disse Faiad, em nota.

A greve dos servidores do BC tem afetado diversos serviços e atividades do órgão, desde as divulgações regulares, importantes para avaliar a conjuntura econômica, até a implementação de novos projetos da autarquia.

Segundo uma fonte a par do assunto, atualmente, a adesão à greve é de 1/3 do corpo funcional do BC, ou cerca de 1100 pessoas. No ato do dia 4, é esperada a participação dos cargos de maior hierarquia, como chefes de departamento.

O ato no dia 4 também é uma forma de marcar terreno, já que a categoria sabe que não haverá aumento salarial este ano, conforme já disse diversas vezes o presidente Jair Bolsonaro. “A data de 4 de julho é limite, inclusive, para o reajuste das polícias que o Bolsonaro queria. Assim ele não vai conseguir fazer nada. Ficará muito feito na foto dar aumento para as polícias e não reestruturar a carreira do BC”, disse uma fonte.

5 – Motoristas e cobradores aprovam greve de ônibus em São Paulo

Motoristas e cobradores de ônibus do transporte coletivo na capital paulista entraram em greve, a partir da 0h desta quarta-feira (29). A paralisação deverá durar 24 horas, caso o setor patronal não se manifeste. A categoria também aprovou uma nova assembleia para amanhã, às 16h, para deliberar o plano de luta e ações.

A decisão foi tomada durante assembleia com mais de 6 mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), realizada na tarde desta terça (28), no bairro da Liberdade, onde fica a sede entidade.

De acordo com o sindicato, embora tenha sido garantido o reajuste salarial de 12,47% sobre os salários e vale-refeição, o setor patronal ignorou os outros itens da pauta de reivindicações da categoria, como a hora de almoço remunerada, participação nos lucros e resultados, adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.

“Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, destacou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) disse, em nota, que lamenta a paralisação e avaliou que ela traz “terríveis consequências para a mobilidade da população”.

“A entidade espera que os profissionais do setor de transporte coletivo não penalizem os passageiros, cumprindo a determinação da Justiça, adotada na paralisação de 14 de junho, de colocar em operação 80% da frota nos horários de pico”, diz a nota.

O SPUrbanuss informou, nesta noite, que enviou, no final da tarde correspondência à prefeitura, à Secretaria de Segurança Pública, à Secretaria Municipal de Segurança Urbana, à Guarda Civil Metropolitana e ao SPTrans pedindo reforço policial nas garagens e principais corredores de ônibus, “para garantir a operação da frota possível, com o objetivo de minimizar os efeitos da paralisação dos operadores”.

* Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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