Negócios
Aumenta em 62% número de inscritos para entrar em índice ESG da B3
Entrou em vigor a 17ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial. Estão nele ao menos 46 ações de 46 companhias de 27 setores.
Crise hídrica, escassez energética, problemas climáticos, equidade de gênero nas empresas, boa governança: estes são temas que têm chamado a atenção do mercado financeiro e levado empresas a darem cada vez mais importância a boas práticas ESG – tendência que ficou mais evidente no último ano.
Mas antes mesmo de o assunto entrar em pauta, a B3 (bolsa brasileira) criou em 2005 o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial. Em 3 de janeiro deste ano, entrou em vigor a 17ª carteira do índice. Estão nele ao menos 46 ações de companhias de 27 setores.
Para compor a carteira de 2022, houve um crescimento de 62% no número de inscrições para o processo de seleção do índice (73 companhias, ante 45 no ano anterior). Já quando levadas em consideração empresas que respondem a um simulado feito pela B3 para avaliar o quão distantes/perto estão dos critérios ESG, o crescimento foi anda maior: de 81,8% (60 companhias ante 33 no ano anterior).
Segundo o superintendente de Sustentabilidade da B3, Cesar Sanches, os resultados falam por si só. “As companhias estão mais engajadas e buscando evoluir em suas práticas ESG”, explicou em comunicado.
Performance do ISE
Nos 16 anos completos em que o ISE opera, ele superou o Ibovespa em 10 deles, segundo dados da Economatica Brasil. Já a performance acumulada do índice desde sua criação foi de 267%, contra 228,4% do Ibovespa, segundo a B3.
Carteira de ações do ISE
Compõe a nova carteira do ISE as seguintes empresas:
- AES Brasil (AESB3)
- Ambipar (AMBP3)
- Americanas (AMER3)
- Arezzo (ARZZ3)
- Azul (AZUL4)
- Bradesco (BBDC4)
- Banco do Brasil (BBSA3)
- Braskem (BRKM3)
- BRF (BRFS3)
- BTG (BPAC3)
- CCR (CCRO3)
- Cemig (CMIG4)
- Cielo (CIEL3)
- Copel (CPEL6)
- Cosan (CSAN3)
- CPFL (CPFE3)
- Dexco (DXCO3)
- EcoRodovias (ECOR3)
- Energias do Brasil (ENBR3)
- Engie (EGIE3)
- Fleury (FLRY3)
- Natura (NTCO3)
- Iochpe-Maxion (MYPK3)
- Itaúsa (ITSA4)
- Itaú (ITUB4)
- Klabin (KLBN4)
- Light (LIGT3)
- Renner (LREN3)
- M Dias Branco (MDIA3)
- Magazine Luiza (MGLU3)
- Minerva (BEEF3)
- Movida (MOVI3)
- MRV (MRVE3)
- Neoenergia (NEOE3)
- Pão de Açucar (PCAR3)
- Raia Drogasil (RADL3)
- Rumo (RAIL3)
- Santander (SANB11)
- Simpar (SIMH3)
- SulAmerica (SULA11)
- Suzano (SUZB3)
- Telefônica (VIVT4)
- Tim (TIMS3)
- VIA (VIIA3)
- Vibra (VBBR3)
- Weg (WEGE3)
O processo para formar a carteira 2021/2022 contou com parcerias da ABC Associados (revisão e aplicação da metodologia e análise técnica dos resultados), KPMG (asseguração), CDP (questionário de mudança do clima) e RepRisk (indicador de risco reputacional).
Para investir no índice, o investidor brasileiro conta com um ETF (ISUS11), além de 14 fundos de investimento que o referenciam, somando mais de R$ 527 milhões em patrimônio líquido (em 28/12/2021).
Veja também
- Os melhores BDRs para investir em 2022, segundo analistas
- O que é ESG e qual a importância?
- Com Nintendo, NVidia e mais 24 empresas, ETF JOGO11 foca na indústria de games
- Conheça a teoria da reflexividade dos mercados financeiros, de George Soros
- Inflação nos EUA não é passageira? Temor leva Ibovespa aos 100 mil pontos