O Ibovespa, principal índice da b3, encerrou a sexta-feira (03) em alta, após um dia de oscilações e depois recuar mais de 2% na véspera, em meio a contínuas incertezas domésticas e com investidores repercutindo também dados do mercado de trabalho norte- americanos. Por outro lado, o índice desabou no aculumado da semana.
O dólar recuou contra o real com todos os olhares voltados para relatório de emprego dos Estados Unidos, que apontou desaceleração na criação de vagas de trabalho.
O Ibovespa subiu 0,22%, aos 116.933 pontos, após oscilar entre 115.583 pontos e 117.396 mil pontos. Mas na semana acumulou queda de 3,10%. Já o dólar ficou estável, negociado a R$ 5,1835. A moeda oscilou entre R$ 5,1319 e R$ 5,1950 ao longo do dia. No acumulado da semana chegou a uma desvalorização de 0,19%.
Destaques
As ações das companhias do segmento de commodities, como Usiminas (USIM5), CNS (CSNA3) e Vale (VALE3), encerrarm o dia em alta contribuindo para um melhor desempenho do índice em relação ao pregão de ontem.
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Cenário
Na quinta-feira (03) , o Ibovespa caiu 2,28% após a Câmara dos Deputados aprovar a reforma do Imposto de Renda, que entre outras medidas estabelece tributação de dividendos e acaba com o mecanismo de juros sobre capital próprio (JCP).
Mais cedo, porém, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a criação de 235 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em agosto, desacelerando ante o mês anterior e bem abaixo das expectativas de economistas.
Na visão do estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel, o dado, combinado com os números sobre auxílio-desemprego conhecidos na véspera, implica uma redução na probabilidade do ‘tapering’ no curto prazo.
“Até a reunião de novembro, o Fed verá somente mais um dado de ‘payroll’ (referente a setembro) divulgado no começo de outubro, o que pode atrasar também o anúncio formal da redução de estímulo”, afirmou, em comentário a clientes.
Dados dos EUA
O Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram criadas 235 mil vagas de trabalho na economia norte-americana em agosto, resultado muito abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de abertura de 750 mil, mostrando uma desaceleração maior do que o esperado em meio a uma diminuição da demanda por serviços e a persistente escassez de trabalhadores conforme as infecções por covid-19 aumentam, mas o ritmo foi suficiente para sustentar a expansão econômica.
A notícia elevou as apostas de que o banco central dos EUA — que estabeleceu o alcance do pleno emprego como condição para redução de estímulos — não anunciará corte de suas compras de títulos mais cedo do que o esperado pelos mercados.
“O ‘payroll’ veio bem pior do que o esperado, e vai nessa linha de pensamento do Fed de que a inflação é temporária e o crescimento e o emprego ainda não estão em níveis adequados”, disse à Reuters Marcos Weigt, head de tesouraria do Travelex Bank, acrescentando que acredita que o Fed só vai elevar os juros no final de 2022.
Investidores seguem com atualizações sobre a política monetária dos EUA no radar. Desde que Jerome Powell, chefe do Fed, evitou na última sexta-feira (27) oferecer sinais claros sobre quando irá reduzir os estímulos, assumindo uma postura mais “dovish” para a entidade.
Bolsas Mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street caíam neste dia, com uma forte desaceleração no crescimento do emprego no mês passado dando o sinal mais forte até agora de que a recuperação econômica dos Estados Unidos pós-pandemia está perdendo força, enquanto os papéis de bancos, no geral, acompanhavam um salto nos rendimentos dos títulos.
O Dow Jones Industrial Average caiu 0,21%, a 35.369 pontos. O S&P 500 recuou 0,03%, aos 4,535 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,21%, a 15.363 pontos.
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Com informações da Reuters