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Finanças

Em dia de poucas altas, Braskem cai mais de 11%; Copel sobe quase 5%

A Embraer também caiu na esteira da assinatura de contrato de serviços de longa duração com a Alliance Airlines.

Aço
Crédito: Karen/Lyn Nobull from Pixabay

O Ibovespa, principal índice negociado na B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira (20) em meio à forte desvalorização dos papéis de Usiminas, CSN e Vale. Somente cinco ações encerraram o pregão em alta.

A petroquímica Braskem liderou as baixas do indicador, enquanto na outra ponta a empresa de energia Copel subiu forte após o anúncio de pagamento de dividendos.

A Embraer também caiu na esteira da assinatura de contrato de serviços de longa duração com a Alliance Airlines, assim como a empresa de energia AES, que aprovou a realização de uma oferta pública de distribuição primária de ações.

A empresa de logística Rumo também fechou com perdas após informar que estava previsto para esta segunda a assinatura do contrato com o governo de Mato Grosso para construção de rodovia no estado. Veja os destaques abaixo:

Braskem

A Braskem (BRKM5) encerrou o dia em queda de 11,54%, para R$ 58,39. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, sem proposta firme para adquirir suas ações na petroquímica Braskem, a Novonor (antiga Odebrecht) apresentaria nesta segunda a um grupo de credores um plano para se desfazer dos seus papéis na B3. A companhia detém 38,3% das ações da Braskem.

Commodities

A Vale (VALE3), encerrou em queda de 3,30%, para R$ 83,31, a CSN (CSNA3) recuou 3,09%, para R$ 28,88 e a Usiminas (USIM5) caiu 1,44%, negociada a R$ 13,72. Nesta manhã, o preço do minério de ferro negociado no mercado à vista no porto chinês de Qiongdao desabou 8,8%, caindo abaixo de US$ 100 por tonelada pela primeira vez em quase 15 meses. Com isso, a commodity acumula desvalorização de 42% em 2021.

Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) (CPLE3) subiu 4,62%, liderando as altas do Ibovespa, cotada a R$ 6,94. A companhia informou na última sexta que aprovou o pagamento de proventos, referentes ao exercício de 2021, no montante bruto de R$ 1,44 bilhões. Do total, R$ 1,19 bilhão é referente aos dividendos intercalares e R$ 240 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 240 milhões.

A quantia será paga em 30 de novembro de 2021. Investidores posicionados partir de 1º outubro não terão direito aos proventos.

A empresa informou ainda que não exercerá direito de preferência na aquisição da participação acionária da Gaspetro na Compagas. A Compagas é a concessionária responsável pela distribuição de gás natural canalizado no Estado do Paraná e tem como acionistas a Copel, com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5%, e a Mitsui, com 24,5%.

Para Victor Burke e Maíra Maldonado, analistas da XP Investimentos, a notícia é positiva por estar em linha com a estratégia da companhia em manter o o foco em seu core business de energia elétrica. A casa de investimento manteve recomendação de compra para a Copel a um preço-alvo de R$ 7,5 por ação.

Embraer

Embraer (EMBR3) fechou com desvalorização de 2,49%, negociada a R$ 20,36. A fabricante de aeronaves assinou um contrato de serviços de longa duração com a Alliance Airlines para fornecer suporte à frota de jatos E190 da companhia aérea. O contrato cobre mais de 300 componentes reparáveis e inclui tanto materiais quanto serviços de administração técnica, com apoio das instalações da Embraer na Ásia Pacífico, em Cingapura.

AES

A AES Brasil (AESB3) teve queda de 2,06%, negociada a R$ 13,32. O conselho de administração da empresa de energia aprovou a realização de uma oferta pública de distribuição primária de ações, além de uma distribuição secundária, por parte do BNDESPar, numa operação que pode alcançar R$ 1,8 bilhão, considerando ações adicionais, tendo como base o fechamento das ações ordinárias na B3 no dia 17 de setembro, no valor de R$ 13,60.

Rumo

Rumo (RAIL3) caiu 1,25%, para R$ 17,31. A empresa de logística informou que está prevista para esta segunda a assinatura do contrato de adesão com o Estado do Mato Grosso, para construção, operação, exploração e conservação da ferrovia que conecta de modo independente o terminal rodoferroviário de Rondonópolis a Cuiabá (MT) e a Lucas do Rio Verde (MT).

O investimento do projeto é estimado entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões, com previsão de operação do primeiro terminal entre 2025 e 2026, e conclusão em 2030.

Em relatório, Bruno Amorim e João Frizo, analistas do Goldman Sachs, afirmaram enxergar o anúncio como positivo estrategicamente, já que permitirá à Rumo estender sua atuação no estado de Mato Grosso no longo prazo.

No entanto, a equipe do banco de investimento ponderou que, levando em conta que o projeto ainda leva um tempo para ser iniciado, haverá uma contribuição limitada para o Ebitda e um obstáculo de capex até então relevante.

“Continuamos com classificação neutra em relação à Rumo, apesar de sua perspectiva de crescimento promissora no longo prazo, dada ao limite de valorização de nosso preço-alvo, devido a taxas livres de risco mais altas no Brasil e perspectiva de safra de milho mais fraca no segundo trimestre de 2021”, disseram os analistas que mantiveram preço-alvo para as ações da companhia em R$ 19,50.

*Com Reuters e agências

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