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Economia

Expectativas de inflação têm a segunda queda em todo o ano de 2021

Projeções do Focus tiveram 48 pioras, 1 estabilidade e 2 melhoras no ano até agora.

confiança no consumidor
Consumidora faz compras em supermercado do Rio de Janeiro 10/09/2020 REUTERS/Pilar Olivares

As leves quedas nas projeções do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nas duas últimas semanas foram as duas únicas reduções das expectativas para a inflação em todo o ano de 2021.

É o que aponta levantamento feito pelo InvestNews com dados do Boletim Focus. Segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira (20), os especialistas ouvidos pelo BC projetam alta de 10,04% do IPCA neste ano. Na semana passada, a previsão era de 10,05% – um recuo em relação aos 10,18 da projeção anterior.

Ainda que as expectativas de inflação tenham parado de subir nestas últimas semanas do ano, o número está acima do centro da meta de inflação do BC para 2021, de 3,75% – com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Ou seja, para não estourar o teto da meta, o IPCA deveria fechar o ano em 5,25%.

No começo deste ano, o mercado projetava que o IPCA fosse fechar 2021 em 3,34%. Desde então, os relatórios semanais trouxeram piora das expectativas por 48 vezes, além de uma semana em que houve estabilidade. Veja no gráfico abaixo a trajetória das expectativas para a inflação:

Para 2022, a estimativa de inflação do Focus subiu de 5,02% na semana passada para 5,03%. A meta do Banco Central para 2022 é de 3,5%. Ao contrário das expectativas para a inflação em 2021, as projeções para o ano que vem passaram a primeira metade do ano praticamente estáveis. A partir de maio, no entanto, as expectativas para o IPCA em 2022 entraram em uma sequência de altas.

A piora nas expectativas de inflação acontece em meio ao aumento da desconfiança do mercado em relação ao cenário fiscal. O ano tem sido marcado por avanço do dólar, na esteira do aumento de gastos do governo e atraso nas reformas econômicas. A moeda norte-americana caminha para fechar 2021 com avanço de mais de 10% em relação ao real. Além disso, fatores como a crise hídrica e a alta das commodities ajudaram a pressionar os preços ao consumidor em 2021.

Outros destaques do Focus

O relatório divulgado nesta segunda também mostrou que o mercado reduziu pela 10ª vez seguida a expectativa para o crescimento da economia brasileira neste ano. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 passou de uma alta de 4,65% na semana passada para 4,58% agora. Para 2022, os especialistas seguem vendo expansão econômica de apenas 0,5%.

Em relação à taxa básica de juros, permanece a expectativa de que a Selic encerre 2022 a 11,50% e 2023 a 8%.

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