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Finanças

Após quebra da BRK e PortoCred, alta procura pelo FGC deixa serviço instável

Cerca de 54 mil credores podem pedir cobertura de até R$ 250 mil após liquidação de financeiras.

A alta procura nesta sexta-feira (17) pelos serviços do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), espécie de “seguro” do investidor, derrubou temporariamente os acessos de usuários. Segundo o fundo divulgou em suas redes sociais, devido à forte demanda, deve haver lentidão “nas próximas horas”.

“Os serviços de envio de e-mail e SMS do app do FGC passaram por uma instabilidade momentânea que será solucionada nas próximas horas. Neste momento, é possível realizar o cadastro básico (login e senha)”, informou o fundo pelo Twitter, pouco antes das 12h (horário de Brasília).

Usuários reclamaram nas redes sociais sobre dificuldades para solicitar o pagamento da garantia pelo dinheiro investido em caso de quebra de instituições financeiras.

Entenda o caso

Pelo menos 54 mil credores das financeiras Portocred e da BRK – que tiveram sua liquidação decretada pelo Banco Central esta semana – estão elegíveis a resgatar valores investidos em CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e outros ativos de renda fixa. A garantia é de até R$ 250 mil por CPF.

Na quarta-feira (15), o Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial das financeiras Portocred e da BRK Financeira, ambas emissoras de títulos de renda fixa, como os CDBs.

Em comunicado, o BC citou “o comprometimento patrimonial da instituição, as graves violações às normas legais que regulamentam o funcionamento da instituição e o risco anormal a que estão sujeitos os credores quirografários”.

O que é o FGC

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é um mecanismo de segurança no mercado que protege os investidores. É uma espécie de “seguro” do investidor pessoa física e serve para aumentar a segurança no sistema financeiro. Ele existe para minimizar o risco de crédito, resguardando os investidores de eventual falência das instituições.

O limite dessa garantia é de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ. Ou seja, se o investidor fizer um aporte maior que esse valor na mesma instituição financeira, a cobertura será restrita. Para quem tem conta conjunta, o limite é dividido. O que significa que cada CPF terá para si um limite de R$ 125 mil por instituição financeira. 

Desde sua criação até 2021, o FGC já indenizou 4,2 milhões de credores.

Como pedir garantia do FGC

No caso de pessoas físicas, é possível solicitar a cobertura de forma online, diretamente pelo aplicativo do FGC. É preciso fazer o download do app pelo celular e, em seguida, abrir um cadastro com login e senha, informando os dados pessoais. Para pessoas jurídicas, o FGC ainda vai divulgar as regras para fazer o resgate.

Após um prazo, o pagamento será feito diretamente na conta corrente ou poupança do credor.

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