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Finanças

Ibovespa avança após mudanças na reforma tributária; dólar fecha em queda

Pronunciamento de Powell também está no radar dos investidores.

B3 ibovespa e dólar

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta nesta quarta-feira (14). O dólar perdeu força em relação ao real. O mercado reflete uma recepção positiva às alterações nas propostas de tributação do governo brasileiro.

O Ibovespa subiu 0,19%, aos 128.407 pontos. Veja a cotação do Ibovespa hoje. O dólar recuava caiu 1,81%, negociado a R$ 5,0861. Foi a maior alta diária desde março.

Segundo Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, esse comportamento reflete, principalmente, a notícia da véspera de que o parecer da reforma do Imposto de Renda (IR) prevê redução na tributação das empresas.

A reação positiva ofuscava a divulgação do IBC-Br, que surpreendeu e mostrou que a economia brasileira voltou a contrair em maio.

Em meio ao ambiente político ainda tenso, investidores também monitoravam a internação do presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas (HFA) para realizar exames para investigar a causa de soluços que o acometem.

Cenário externo

No exterior, o depoimento de Jerome Powell, chefe do Federal Reserve (Fed) no Congresso americano está sob os holofotes dos operadores. Os comentários alimentaram esperanças de que o banco central norte-americano vai manter sua política monetária expansionista (ou seja, os juros nos EUA não devem subir antes do esperado), apesar do forte salto da inflação no mês passado.

Powell, em comentários preparados para a audiência, garantiu aos investidores que o mercado de trabalho nos Estados Unidos “ainda está longe” do progresso que o banco central deseja ver antes de reduzir seu apoio à economia, e que a inflação alta diminuirá em breve.

Destaques da bolsa

CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) recuaram 3,98% e 3,46%, respectivamente, após declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que pretende reduzir imposto de importação de aço.

Smartfit (SMFT3) disparou 34,78% em sua estreia na B3, após a rede de academias de ginástica precificar IPO na segunda-feira a R$ 23, praticamente no centro da faixa estimada de R$ 20 a R$ 25, levantando R$ 2,3 bilhões. Na máxima até o momento, o papel chegou a R$ 29,88.

Cosan (CSAN3) avançou 2,2%, após joint venture dela com a Shell, a Raízen, definir faixa estimativa de R$ 7,40 a R$ 9,60 por ação em IPO que busca levantar R$ 6,9 bilhões. A fixação do preço está prevista para 3 de agosto.

A unit do Banco Inter (BIDI11) subiu 6,08%, renovando máxima intradia, a R$ 80,56, com o setor como um todo no azul. Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) avançaram 0,13% e 0,44%, respectivamente, tendo de pano de fundo a divulgação de balanços de bancos nos Estados Unidos.

Unidas (LCAM3) Localiza (RENT3) valorizaram-se 2,41% e 3,64%, respectivamente, em meio a expectativas ligadas ao desfecho da fusão entre elas, que está sendo analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Natura (NTCO3) caiu 1,45%, após renovar máximas históricas na segunda-feira, quando chegou a R$ 61,29 no melhor momento do pregão. No mês, a ação ainda acumula valorização de mais de 4%, enquanto o Ibovespa sobe ao redor de 1,5%.

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice S&P 500 terminou a volátil sessão desta quarta-feira com ganho, após ter atingido brevemente um recorde intradia, à medida que investidores contrabalançaram preocupações com a inflação e comentários tranquilizadores de Powell.

  • Dow Jones fechou em alta de 0,13%, a 34.933,43 pontos
  • S&P 500 subiu 0,12%, a 4.374,38 pontos
  • Nasdaq Composite recuou 0,22%, a 14.644,95 pontos

Europa

As ações europeias recuperaram a maior parte das perdas do dia e permaneceram perto das máximas recordes nesta quarta-feira, depois que um tom “dovish” (favorável a juros baixos) do Fed aliviou os temores causados ​​pelo aumento da inflação norte-americana.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,47%, a 7.091 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX ficou estável, a 15.788 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 teve estabilidade, a 6.558 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,15%, a 25.194 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,42%, a 8.658 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,57%, a 5.166 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações chinesas fecharam com mais de 1% de baixa nesta quarta depois de dois dias consecutivos de ganhos, conforme se dissipa a animação com o corte do compulsório, enquanto as tensões com os Estados Unidos pesavam sobre o sentimento do investidor.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,38%, a 28.608 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,63%, a 27.787 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,07%, a 3.528 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,15%, a 5.083 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,20%, a 3.264 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,01%, a 17.845 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,43%, a 3.153 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,31%, a 7.354 pontos.

(*Com informações de Reuters)

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