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5 fatos para hoje: lucro da Multiplan triplica; Rússia multa Google e Twitter

Companhia anunciou nesta quinta-feira (28) que seu lucro líquido de janeiro a março somou R$ 171,6 milhões, um salto de 270,5% ante mesma etapa de 2021.

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Divulgação

1 – Multiplan reaproxima-se do pré-pandemia, lucro do 1º tri mais do que triplica

A Multiplan (MULT3) viu seu lucro mais do que triplicar no primeiro trimestre, uma vez que as vendas em seus shopping centers ganharam tração na esteira da gradual flexibilização das medidas de isolamento social.

A companhia anunciou nesta quinta-feira (28) que seu lucro líquido de janeiro a março somou R$ 171,6 milhões, um salto de 270,5% ante mesma etapa de 2021.

A receita líquida da companhia no trimestre cresceu 57,9% sobre mesma etapa do ano passado, a R$ 420 milhões, ajudadas por uma fraca base de comparação, já que no começo de 2021 ainda vigoravam maiores restrições sociais contra Covid-19.

As vendas na base mesmas lojas no trimestre subiram 68,3% ante igual período de 2021, segundo a Multiplan.

As vendas nos shoppings da Multiplan em março foram equivalentes a 120,8% do mesmo mês de 2019.

A receita de aluguel pagas por lojistas no trimestre deu um salto de 88,6% sobre um ano antes, para R$ 353,2 milhões, com a empresa gradualmente deixando de subsidiar lojistas atingidos pela queda nas vendas.

Além disso, as provisões para inadimplência somaram R$ 48,4 milhões, montante inferior aos R$ 57 milhões do mesmo intervalo de 2021, com o índice de inadimplência caindo de 11% para 5%.

“A empresa espera que, nos próximos meses, com a flexibilização de mais restrições e eventos sociais intensificados em nossos shoppings nos próximos meses, o fluxo de pessoas possa não só atingir como ultrapassar os níveis de 2019”, disse a Multiplan no relatório.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) no trimestre somou R$ 295,4 milhões, alta de 125,1%, com a margem Ebitda dando um salto de 21 pontos percentuais, para 70,3%.

2 – Vibra aprova Sérgio Rial como chairman; Schvartsman, ex-Vale, integrará conselho

Os acionistas da distribuidora de combustíveis Vibra Energia (VBBR3) aprovaram nesta quinta-feira (28) a nomeação de Sérgio Rial como presidente do Conselho de Administração.

Rial, ex-CEO do Santander Brasil e atual presidente do conselho do banco, foi recentemente nomeado vice-presidente do conselho da companhia de alimentos BRF SA (BRFS3). Os acionistas da Vibra também aprovaram a indicação do ex-presidente da Vale Fabio Schvartsman e do presidente da Suzano (SUZB3) Walter Schalka como membros do conselho.

3 – Rússia multa Google e Twitter por não excluírem conteúdo, diz Interfax

Um tribunal da Rússia multou Google (GOGL34) e Twitter (TWTR34) em 3 milhões de rublos (US$ 41 mil) cada por entender que as empresas norte-americanas se recusaram a retirar conteúdos considerados proibidos no país, informou a agência de notícias Interfax nesta quinta-feira (28).

A multa foi imposta depois que o Twitter não tirou de sua rede social conteúdo que inclui publicações com instruções sobre montagem de coquetéis molotov, disse a Interfax, citando o tribunal.

Mais cedo, o tribunal havia multado o Google após recusa da empresa em remover conteúdo do YouTube.

4 – Governo sobe tributos de bancos e instituições financeiras para bancar Refis do Simples

O governo aumentou a tributação dos bancos para liberar o Refis (programa de parcelamento de débitos tributários) para os microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas.

Medida Provisória (MP) publicada nesta quinta-feira (28) em edição extra do Diário Oficial da União elevou de 20% para 21% a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. A alíquota da CSLL para as instituições financeiras não bancárias sobe de 15% para 16%.

O aumento da tributação entrará em vigor a partir de agosto deste ano (primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação da MP). O prazo é necessário porque o aumento da carga tributária precisa obedecer o princípio da noventena (90 dias) para começar a vale. A carga tributária mais alta valerá até 31 de dezembro de 2022.

No ano passado, o governo aumentou também a taxação dos bancos para desonerar o diesel e o gás de cozinha. Na época, o ministro da Economia, Paulo Guedes, garantira que o aumento seria temporário.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem alertado que a medida, se adotada, iria aumentar o custo do crédito num momento de alta de juros.

A elevação da alíquota foi feita para compensar a perda de arrecadação com a renúncia do Refis, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O projeto do Refis foi aprovado pelo Congresso no final do ano passado, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o programa por não ter a compensação.

Como revelou o Estadão, o governo estima que até R$ 50 bilhões em débitos possam ser negociados no Refis do Simples. A adesão ao Refis está parada pela demora do governo em fazer essa compensação. Esse atraso na liberação do sistema e a falta de uma fonte de compensação fizeram o governo adiar o prazo de adesão para 31 de maio.

IPI zerado

O governo federal editou também decreto que altera as Tabelas de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) e reduz a zero a alíquota do IPI para preparações compostas para elaboração de bebidas não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados).

O produto estava taxado com IPI de 6% segundo decreto anterior, de 30 de dezembro de 2021. A nova alíquota já entra em vigor com a publicação do ato.

5 – Caixa anuncia pacotão de crédito imobiliário para agradar construtoras e mutuários

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (28) um pacote de estímulos ao mercado imobiliário, setor que tem ajudado a puxar para cima o Produto Interno Bruto (PIB) e que também representa uma base de apoio importante para o governo de Jair Bolsonaro.

O foco está na reformulação do Plano Empresário, linha de financiamento destinada à construção pelas empresas, conforme antecipado mais cedo pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Esta modalidade de crédito encolheu neste ano, ao contrário dos empréstimos para pessoas físicas, que tiveram uma alta relevante.

O banco estatal liberou R$ 21,4 bilhões em financiamentos para a compra e a construção de imóveis no primeiro trimestre de 2022, considerando apenas as operações que utilizam recursos originários da caderneta de poupança. O montante foi 32% maior do que no mesmo período do ano passado.

O crédito para a construção caiu 1,2% no período, para R$ 5,3 bilhões. O crescimento foi puxado pelo crédito para aquisição, com alta de 48,6%, para R$ 16 bilhões.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou que o novo Plano Empresário vai cortar pela metade a quantidade de documentos exigidos para liberação de recursos, visando dar mais celeridade à concessão de empréstimos. A medida vai valer a partir de 18 de maio.

A taxa promocional de contratação pelas construtoras, de 3% ao ano mais taxa referencial (TR), terá a validade estendida até 30 de junho. Depois deverá retornar ao patamar de 3,32% mais TR.

As construtoras também passarão a ter quatro opções de indexadores nos contratos de financiamento: TR, Poupança, IPCA e CDI – semelhante ao que já acontece para pessoas físicas. A Caixa ainda vai facilitar o financiamento para obras em que há doação de terrenos por um ente público, um tipo de negócio associado a empreendimentos para famílias carentes.

As novidades anunciadas por Guimarães aconteceram em uma transmissão pela internet organizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O presidente da entidade, José Carlos Martins, elogiou o que considerou “sensibilidade” da Caixa aos pleitos do setor.

Em entrevista ao Broadcast, Martins explicou que a queda na demanda das construtoras por financiamentos se deve à percepção de que o poder de compra da população diminuiu com a inflação e deve esfriar as vendas de imóveis nos próximos meses.

“O financiamento que o empresário toma hoje é para bancar o lançamento dos projetos amanhã. A queda no Plano Empresário mostra os empresários antevendo essa situação”, disse. Em sua avaliação, as medidas da Caixa devem ajudar a estimular os negócios novamente daqui em diante.

Benesses para pessoas físicas

Além do aceno aos empresários, a Caixa lançou um pacote de facilidades para que pessoas físicas comprem imóveis neste ano. Nas novas contratações de crédito imobiliário para este público, o banco dará até seis meses de carência no financiamento tanto de imóveis novos quanto nos usados, em todas as linhas com recursos da poupança.

Em 2020 e 2021, com o estouro da pandemia, o banco ofereceu pausas em contratos ativos de financiamento pelo mesmo prazo. “Com taxas maiores, nós estamos comprimindo os spreads, dando carência de seis meses, como nós fizemos há dois anos atrás, ou seja, estamos ajudando a sociedade, ajudando as empresas, ajudando os clientes”, disse Guimarães. Segundo ele, a Caixa chegou a pausar 3 milhões de contratos durante a pandemia.

Em pleno ciclo de alta da taxa Selic, a Caixa reduziu em março os juros cobrados da modalidade indexada à poupança, de 2,95% para 2,80%. Isso foi possível porque existe uma trava que limita o crescimento do custo de financiamento. Com a Selic acima de 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao ano mais TR independente do comportamento da taxa básica.

O Casa Verde e Amarela (CVA), que é dominado pela Caixa, ficou de fora da carência. Segundo Guimarães, a concessão de carência neste segmento depende de aval do Conselho Curador do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), que abastece os empréstimos dentro do programa. Guimarães e Martins ficaram de discutir o assunto com o conselho.

A Caixa deve atingir até R$ 170 bilhões em financiamento este ano, considerando as linhas com recursos da poupança e do FGTS. Se confirmado, representará uma expansão de 21,4%. No primeiro trimestre, o montante chegou a R$ 34,4 bilhões, avanço de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Baixa renda

O presidente da Caixa ainda revelou que o governo federal está estudando uma alternativa para reativar um programa de habitação voltado às famílias mais carentes, com renda inferior a R$ 2 mil. Esse público era coberto pela antiga faixa 1 do Minha Casa Minha Vida e contava com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e do FGTS, mediante subsídios que representavam praticamente o valor integral da moradia. Mas as contratações estão paralisadas há anos por falta de dinheiro.

“Estamos estudando. Ainda não podemos falar porque isso envolve outras pessoas (em outras esferas do governo)”, comentou Guimarães durante a transmissão. “Uma parcela relevante da população não tem nem R$ 50 reais para pagar uma parcela. Essa parte da população precisa de subsídio integral ou muito grande”, reconheceu.

Por outro lado, ressaltou que a Caixa não vai pagar a conta. “Nesta gestão, nunca faremos uma operação para perder dinheiro. Uma operação envolvendo o FAR só se for com subsídio claríssimo”. Ao longo do evento, Guimarães repetiu que sua gestão é “matemática”, ou seja, atua com viés social, mas também quer ganhar dinheiro.

* Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

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