No Brasil, menos de 3% da população investe na B3, bolsa de valores brasileira. Isso porque a maioria dos brasileiros não sabe como investir dinheiro.
É comum pensar que não há como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro, o que impede que muitos se arrisquem nessa empreitada, no entanto, isso é um mito.
Há diversos tipos de investimentos, com diferentes valores de aplicação e prazos de resgate.
Se você quer entrar no mundo dos investimentos, mas não sabe por onde começar, confira abaixo o guia preparado pelo InvestNews sobre como investir dinheiro, quais são os principais tipos de investimento, dicas sobre como investir pouco dinheiro e ter retorno, além de explorar alguns conceitos e áreas do mercado.
Por que vale a pena investir?
Para entender se vale a pena, é importante saber o que é e como investir dinheiro. Investimento é basicamente um “gasto” ou aplicação de recursos em algo que gere retorno.
Existem muitas formas de investir e a escolha da melhor opção depende de qual o seu objetivo, mas em linhas gerais, investir é uma ótima maneira de complementar a renda com os rendimentos e garantir uma certa segurança financeira.
Fábio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, defende que investir é muito melhor do que deixar o dinheiro parado na conta corrente sem rendimento algum.
“Se você deixa o dinheiro parado, está perdendo para a inflação. Da mesma forma, também não vale a pena deixar o dinheiro acumulado na poupança”, opina. “Existem investimentos super seguros na renda fixa que pagam rendimentos muito melhores. Para quem nunca investiu, pode parecer difícil, mas é muito mais simples do que se imagina. Então, recomendo buscar um profissional que possa auxiliar a investir e não mais deixar o dinheiro parado em conta corrente”, finaliza o especialista.
Se você está se perguntando como investir pouco dinheiro e ter retorno rápido, saiba que não existe fórmula mágica para isso.
Alguns investimentos podem ter retornos maiores ou em menos tempo, no entanto, costumam ser mais arriscados e, portanto, geralmente são destinados a investidores mais experientes.
Com um bom gerenciamento dos investimentos é possível alcançar a estabilidade financeira e até se aposentar utilizando a renda obtida, no entanto, não será do dia para a noite.
Investir com pouco dinheiro: é possível?
Muitos não sabem como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro, ou sequer acreditam ser possível, mas existem maneiras de investir em ações, por exemplo, sem uma grande quantia, ou até em títulos públicos que podem ser comprados a menos de R$ 50, por exemplo.
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Como começar a investir com pouco dinheiro: 5 dicas
O primeiro passo para o investidor iniciante que já decidiu investir e já está preparado para isso é abrir uma conta em uma corretora, que é quem intermedia as relações de compra e venda de valores mobiliários (como ações, por exemplo).
Ou seja, ela nada mais é do que quem fica entre o investidor e o investimento.
Algumas corretoras possuem muitas taxas, por isso, você deve atentar-se a essas informações e escolher a que tiver os menores custos e a maior variedade de produtos e serviços.
Além disso, não se esqueça de verificar se a corretora é confiável e segura, se possui autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), instituição fiscalizadora do mercado financeiro, para operar, se é regulada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e se possui licença de operação pela B3.
Nessa hora também o investidor deve definir o seu perfil. Isso porque antes de escolher seus investimentos é necessário saber quanto risco você está disposto a correr.
A própria corretora é encarregada de aplicar um questionário para identificar se seu perfil de investidor é conservador, moderado ou agressivo/arrojado.
Antes de entrar efetivamente no mundo dos investimentos, confira algumas dicas sobre como investir com pouco dinheiro:
Planeje-se financeiramente
Mesmo que seja possível investir com pouco dinheiro, é importante manter a vida financeira organizada e rever seu orçamento.
Corte despesas desnecessárias e reserve quantias específicas para cada gasto. Qualquer pequena quantia sobrado pode fazer uma grande diferença para os seus investimentos.
Além disso, sem o controle adequado das finanças, é possível que contraia mais dívidas do que o que pretende ganhar.
Estabeleça um valor a ser investido mensalmente.
É importante que o investidor tenha em mente os resultados que deseja alcançar e assim criar sua estratégia.
Crie uma reserva de emergência
A reserva de emergência, como o próprio nome diz, é utilizada para cobrir gastos em caso de imprevistos ou situações emergenciais.
Ela consiste em um valor equivalente a determinada quantidade de meses do seu custo de vida, geralmente de 6 a 12 meses, para o caso de desemprego, por exemplo.
Ela deve ser armazenada em uma aplicação segura e de fácil resgate, como produtos com liquidez diária (liquidez representa o prazo em que seus rendimentos ficam disponíveis para resgate). Isso é, investimentos que rendam diariamente e cujo valor pode ser retirado a qualquer momento.
Trace metas e objetivos e tenha disciplina
Tão importante quanto ou ainda mais que a quantia aplicada, é a regularidade com a qual isso acontece. Crie metas e objetivos de curto, médio e longo prazo, como uma viagem, a compra de um carro ou até a aposentadoria, e calcule qual será o valor necessário para alcançá-los.
A partir daí, estabeleça um valor a ser depositado todo mês e tenha disciplina para cumprir esse compromisso.
Um bom começo é destinar 10% do salário para os investimentos, mas é possível investir com bem menos. O mais importante é manter a recorrência.
Definir esses objetivos pode manter o investidor motivado e evitar que gaste desnecessariamente.
Além disso, com base nessas metas, o investidor pode definir uma carteira de investimentos.
Estude sobre o mercado financeiro
Conhecer os investimentos e saber como funcionam é fundamental se você pretende começar a investir.
É importante estar sempre atualizado, conhecer os termos, entender como o mercado funciona e o que o impacta.
Existem diversos conteúdos práticos sobre o assunto, como no guia financeiro do InvestNews.
Além dos conhecimentos gerais sobre indicadores, termos, entre outros, o investidor precisa, principalmente, entender a lógica dos investimentos.
Mais à frente explicaremos algumas das áreas para investir, como a bolsa de valores e as negociações com criptomoedas, no entanto, agora explicaremos alguns conceitos básicos: o significado de liquidez.
A liquidez de um investimento refere-se à capacidade de uma aplicação ser convertida em dinheiro na conta do investidor. Ou seja, representa o acesso ao valor investido + o lucro.
Na prática, quanto mais alta a liquidez, melhor é seu prazo de resgate.
Como, por exemplo, os produtos de liquidez diária, que rendem todos os dias e podem ser resgatados a qualquer momento, conforme mencionado anteriormente.
Comece com um investimento de baixíssimo risco
Segundo Fábio Louzada, para aqueles que nunca investiram, é indicado começar com um investimento de baixíssimo risco, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário) pós-fixado, cujos rendimentos vão acompanhar a Taxa Selic.
*Os investimentos pós-fixados não permitem determinar o valor exato que o investidor irá receber ao investir neles. Isso porque eles acompanham um indicador econômico, que é variável.*
Além disso, é um investimento muito seguro, pois conta com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), mecanismo de segurança no mercado que protege os investidores, de até R$ 250 mil por instituição.
Outra opção é o Tesouro Direto, um dos investimentos mais seguros, justamente porque nesse caso o investidor está emprestando dinheiro para o governo, e em uma crise econômica gravíssima, o governo é o último a quebrar, opina Fábio.
Com valores a partir de R$ 30, é possível começar a investir no Tesouro Direto.
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Quais são os principais tipos de investimento
Renda Fixa
Fábio explica que renda fixa é um tipo de investimento muito procurado por quem quer investir com segurança. Ela é voltada para pessoas com perfis mais conservadores de investimento e que não gostam de ver seus investimentos variarem como ocorre na bolsa.
Aqui, o cálculo da rentabilidade é definido no momento da aplicação.
No investimento nesse tipo de título, o investidor “empresta” dinheiro à instituição emissora e esse valor é recebido posteriormente com juros.
Apesar do nome, na renda fixa temos a marcação a mercado (atualização diária dos preços) em alguns ativos, como em títulos de renda fixa, por exemplo.
No Tesouro Direto, ao comprar um título prefixado, por exemplo, temos a marcação a mercado. A marcação a mercado nada mais é que a variação de preços deste título.
O preço muda de um dia para o outro e até no mesmo dia. Então, se você comprar um ativo com rentabilidade de 10% e, tempo depois, essa rentabilidade subir para 12%, isso significa que o título que você comprou passou a valer menos.
O problema é que muitas pessoas, assustadas com isso, vendem seus ativos e, com isso, podem amargar prejuízos. Por isso, a recomendação é sempre levar os títulos até o vencimento (prazo de resgate) para o investimento não sofrer qualquer marcação a mercado, ou investir em ativos que não tem a influência da marcação a mercado, como é o caso de CDBs pós-fixados, que rentabilizam conforme a taxa CDI.
Renda Passiva
Se você quer saber como investir dinheiro e ter lucro mensal, este tópico pode ser muito útil para você.
Renda passiva é um rendimento recebido a partir dos investimentos realizados. Há pessoas que têm a renda passiva como salário e outras que possuem a renda passiva como complemento ao salário. Os dividendos de fundos imobiliários, por exemplo, podem gerar renda passiva. Então, a renda passiva é uma forma de obter renda periodicamente.
Renda variável
De acordo com Fábio, renda variável é uma opção para quem é um investidor mais arrojado e aguenta ver seus investimentos variando.
Esse é um investimento em que não é possível prever a rentabilidade lá na frente. O risco é maior, mas as oportunidades de maior ganho também aumentam.
Seu rendimento varia conforme o mercado.
O investidor pode ter investimento em renda variável ao comprar uma ação, por exemplo, e com isso, se torna sócio daquela empresa.
Outra forma de renda variável é investir em fundos de investimento imobiliários, em que se compra uma cota de um fundo e recebe dividendos como se estivesse recebendo um aluguel, mesmo não sendo proprietário do imóvel.
Quais são as principais áreas de investimento?
Bolsa de valores
A bolsa de valores é onde ocorre a negociação de diversos investimentos, os já mencionados valores mobiliários.
Entre esses ativos, estão os mais conhecidos: as ações (papéis).
Por meio da bolsa de valores, é possível comprar e vender seus papéis, cotas de Fundos de Investimento e ETFs (do inglês, Exchange Traded Funds, ou Fundos de Índice) e outros títulos.
Na bolsa de valores existe o mercado primário, onde ocorrem as negociações de novas ações diretamente entre empresa e investidor, e o mercado secundário, onde as operações são feitas com ações existentes da empresa que já estão em circulação, e elas apenas passam a pertencer a outra pessoa.
Além disso, a própria B3 tem capital aberto, ou seja, possui parte de suas ações à venda.
Criptomoedas
As criptomoedas são moedas digitais, ou seja, que só existem na internet, cujas operações são realizadas por meio de criptografia.
Esse “dinheiro virtual” funciona de maneira diferente do dinheiro físico, já que são descentralizadas, não ficam armazenadas em um único local, e não há tanta regulação sobre elas.
Existem diversas dessas criptomoedas e cada uma possui uma cotação diferente. Sua lógica de oscilação de preços é similar à das ações, no entanto, de maneira geral, elas são influenciadas pela oferta e a demanda.
Se você está em dúvida sobre como investir em bitcoin com pouco dinheiro, por exemplo, saiba que não é impossível.
A forma mais comum de investir em criptomoedas é por meio das exchanges, corretoras de criptomoedas. Os valores variam, mas é possível começar com cerca de R$ 50.
Além disso, também é possível investir direta ou indiretamente em criptomoedas por meio de fundos de investimento, que serão explicados mais abaixo.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma plataforma criada pelo Tesouro Nacional, órgão responsável pela gestão da dívida pública, em parceria com a B3 que permite a negociação de títulos públicos.
Basicamente, por meio dele o investidor empresta dinheiro ao governo e, em seu vencimento, recebe o valor do empréstimo com juros.
Esse tipo de investimento possui as seguintes modalidades:
- Tesouro prefixado: cuja rentabilidade é determinada no momento da aplicação. O investidor sabe de antemão o quanto vai receber na data de vencimento (resgate) do título;
- Tesouro IPCA: cuja rentabilidade é o híbrida: possui uma parte fixa (prefixada) e uma parte atrelada à variação da inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo);
- Tesouro Selic: cujos rendimentos estão atrelados à variação da taxa de juros básica da economia, a Selic;
- Tesouro RendA+: essa é uma nova opção de investimento do Tesouro com rentabilidade acima da inflação, criada como aliada na hora de planejar a sua aposentadoria complementar, segundo o órgão.
Fundos de Investimento
Diferentemente de outros investimentos, como as ações, ao investir em fundos o investidor não possui acesso direto e integral a eles, mas sim a uma cota.
Comumente chamados de “condomínios”, os fundos de investimento recebem esse apelido devido a analogia entre eles e um condomínio, em que o condômino (investidor) teria sua cota (um apartamento), enquanto paga um síndico (que seria uma espécie de gestor e/ou administrador) para administrar o condomínio (o fundo de investimento), que é basicamente como ocorre o processo nesse tipo de investimento.
Existem diversos tipos de fundo, mas de maneira geral, o investidor aloca um valor X em determinado fundo, cujos recursos são aplicados em algum investimento, e passa a ser um cotista, então os rendimentos resultantes desse fundo são repassados aos investidores como rentabilidade com base no valor de suas cotas e outras normas do regulamento do fundo em questão.
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Fundos Imobiliários (FIIs)
Um tipo conhecido de fundo de investimento são os fundos imobiliários, ou FIIs.
Seguindo a mesma lógica das cotas apresentadas acima, no caso dos fundos imobiliários, como o próprio nome diz, os recursos investidos são utilizados em empreendimentos imobiliários, como shoppings, hospitais, etc.
É possível negociar as cotas do fundo na B3, por meio das ofertas públicas, como ocorre com as ações, ou por meio de negociações com outros investidores pelo homebroker (sistema de transações disponibilizado por corretoras de valores).
Os FIIs também podem ser uma boa opção para quem busca investir dinheiro e ter retorno mensal.
CDB
Outro investimento popular, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa emitido por bancos com o intuito de captar recursos para suas atividades. Ele funciona, basicamente, como um empréstimo ao banco e, ao final do prazo, você recebe sua aplicação com juros.
Esses juros, o que determina a rentabilidade do CDB, é chamado de taxa DI, ou taxa do CDI, que é a taxa cobrada pelos bancos nos empréstimos entre si.
Essa taxa é uma referência comum utilizada em investimentos de renda fixa.
Commodities
Esse é um termo que, provavelmente, você já ouviu até mesmo na escola, já que refere-se a uma categoria de produtos essenciais para o desenvolvimento econômico mundial.
As commodities, ou “mercadorias”, em inglês, são produtos que se encaixam em determinadas condições. Basicamente, são matérias-primas básicas globais.
Para ser uma commodity, é necessário que ela seja uma matéria-prima comercializada em larga escala, utilizada mundialmente e com pouca, ou nenhuma, industrialização, além de poder ser estocada, como a soja, o milho, o café, o algodão, a carne e o petróleo, por exemplo.
Por sua comercialização mundial, o que define seu preço é a oferta e a demanda.
Existe mais de uma maneira de investir em ativos que seguem as commodities.
Um jeito mais prático para o investidor pessoa física seria investir em ações de empresas na bolsa de valores ligadas às commodities, como a Petrobras e a Vale.
Além disso, também é possível investir em Fundos de Índice (ETFs) que replicam índices atrelados às commodities.
*Os índices da B3 são conjuntos de empresas e ativos com características em comum. Eles são agrupados e juntos refletem o desempenho de determinado setor do mercado*.
Câmbio
O investimento em câmbio (sistema de operações regulamentadas de compra ou venda de diferentes moedas) nada mais é do que aplicações feitas em ativos atrelados a moedas estrangeiras. Ou seja, envolve tanto o ganho na variação positiva do ativo ou na cotação da moeda quanto o risco de perder dinheiro caso a moeda estrangeira em questão sofra desvalorização.
Existem diversos ativos ligados à moeda estrangeira, como os fundos cambiais.
Lembrando que, antes de investir em câmbio, é necessário conhecer seu perfil de investidor e ter em mente que esse costuma ser um investimento destinado àqueles que são mais experientes, devido a necessidade de um certo conhecimento sobre o mercado e na leitura das movimentações exibidas nos gráficos.
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Principais riscos ao investir
Cada investimento possui uma forma diferente de retorno. Em alguns tipos, como na renda variável, sequer há garantias de lucro.
O principal risco quando se trata de investimentos é a possibilidade das aplicações não renderem o esperado, por isso é importante diversificar sua carteira.
Conheça os 3 principais tipos de riscos:
- Risco de mercado: esse risco é proveniente da variação de itens do mercado, como mudanças no câmbio e taxas de juros, comum em investimentos de renda variável.
Nesse caso, o risco é que o investidor acabe perdendo dinheiro na hora da venda de um ativo devido à essa oscilação de valor.
- Risco de liquidez: O risco de liquidez, lembrando que liquidez refere-se à facilidade com a qual você poderá resgatar seu dinheiro e seus rendimentos, representa a dificuldade que o investidor pode enfrentar ao tentar acessar sua aplicação.
Isso porque existem ativos em que o investidor pode ter que esperar até 180 dias após a solicitação do resgate para que o dinheiro caia na conta, ou o risco que essa retirada antecipada gere uma perda financeira.
- Risco de crédito: O risco de crédito é basicamente a possibilidade de que a instituição emissora do título não honre o pagamento, o famoso “calote”. Ele está relacionado ao risco de perda financeira caso dessa empresa vir a falir.
Fábio explica que o investidor deve tomar cuidado para não ser impulsivo, pois com isso, ao investir em ações, por exemplo, as perdas podem ser grandes.
Outra questão é a falta de conhecimento que faz com que o investidor tome decisões arriscadas demais, quando não possui experiência com determinado ativo, ou o desespero de perder o dinheiro, que também pode fazer com que tome decisões erradas.
Além disso, sacar um investimento fora do prazo de vencimento também é um problema, o que, devido a marcação a mercado, em alguns casos, pode resultar em prejuízos.
Então o investidor deve ter bem claro seu objetivo.
Se não puder deixar o dinheiro guardado por um prazo mais longo, pois pode precisar desse dinheiro, o ideal é priorizar investimentos de prazo mais curto e com mais liquidez.
O que são classes de ativos
Ativo é um tipo de investimento e a classe de ativos é um conjunto de ativos comuns.
Essas classes possuem diferentes rentabilidade, liquidez e tipo de risco.
Conhecer algumas delas e entendê-las é importante na hora compor a sua carteira de investimentos, no entanto, não existe um consenso sobre as classes existentes.
Alguns exemplos dados pela B3 de algumas das principais classes são: ações, títulos de renda fixa e variável, contratos derivativos de commodities e câmbio.
O que são Retornos Esperados?
O retorno esperado é o ganho esperado em relação a algum ativo. É a remuneração exigida pelos investidores para manter seu capital alocado naquele ativo até o vencimento.
Ele representa a expectativa em relação ao resultado, a projeção de retorno, e não algo efetivo.
Como montar uma carteira de investimentos?
Antes de montar uma carteira de investimentos, o investidor deve pensar em alguns passos importantes para garantir que esteja alocando seu dinheiro de forma adequada.
Fábio Louzada reforça que é importante conhecer seu perfil e o perfil da carteira que quer montar levando em conta seu perfil de risco, tempo de investimento e tolerância a perdas, pois isso ajudará a definir a alocação de ativos mais adequada para sua carteira.
Além disso, como já mencionamos, é importante ter em mente seus objetivos financeiros, se são de curto, médio e longo prazo, o que será útil na escolha dos investimentos mais adequados para tal.
Fábio também pontua 3 dicas:
- Escolha as classes de ativos com base em seus objetivos e perfil de investimento.
As classes de ativos incluem ações, renda fixa, fundos de investimento, imóveis, commodities, entre outros.
- Defina a alocação de ativos: é importante diversificar os investimentos de acordo com sua tolerância de risco.
- Acompanhe e reavalie sempre a carteira: é importante acompanhar regularmente os investimentos e reavaliar a carteira de acordo com as mudanças no mercado e nos objetivos financeiros. É importante fazer ajustes na carteira de investimentos quando necessário para manter a alocação de ativos adequada.
Lembre-se: é importante ter o auxílio de um profissional nesse momento.
*Esse conteúdo é de cunho jornalístico e não representa indicação de investimentos*