Cheque especial – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Tue, 30 Nov 2021 13:52:21 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Cheque especial – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 Juro no crédito livre sobe a 32,8% em outubro; cheque especial cai a 128,8% https://investnews.com.br/economia/juro-cheque-especial-outubro-2021/ Fri, 26 Nov 2021 14:04:13 +0000 https://investnews.com.br/?p=290397 Em meio ao ciclo de alta acelerada da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa média de juros no crédito livre saltou de 30,6% ao ano em setembro para 32,8% ao ano em outubro, informou nesta sexta-feira, 26, o Banco Central. Em outubro de 2020, essa taxa estava em 26,5% ao ano. Com o resultado de outubro, a taxa média de juros no crédito livre acumulou alta de 7,3 pontos porcentuais nos dez primeiros meses de 2021.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 41,3% para 43,8% ao ano de setembro para outubro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 17,1% para 19,1%.

Cheque especial

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, a taxa do cheque especial passou de 129,6% ao ano (dado revisado) para 128,8% ao ano de setembro para outubro. No crédito pessoal, a taxa passou de 33,1% (dado revisado) para 35,4% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

Além da limitação do juro, os dados atuais refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. Os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.

Veículos

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 23,9% ao ano (dado revisado) em setembro para 24,8% em outubro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 21,6% ao ano em setembro para 23,2% ao ano em outubro. Em outubro de 2020, estava em 18,6%.

ICC

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,3 ponto porcentual em outubro ante setembro, aos 18,0% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.

Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Spread

O spread em operações de crédito apresentou elevação no último mês. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 21,7 pontos porcentuais em setembro para 23,1 pontos porcentuais em outubro, informou o Banco Central.

O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 32,4 pontos porcentuais (dado revisado) para 33,8 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 8,6 para 9,7 pontos porcentuais.

O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito.

O spread médio do crédito direcionado foi de 3,6 para 3,5 pontos porcentuais na passagem de setembro para outubro.

Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 14,6 (dado revisado) para 15,3 pontos porcentuais no período.

Inadimplência

Mesmo com as dificuldades de famílias e empresas para fechar as contas, em meio à pandemia de covid-19, a taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos continuou em 3,0% de setembro para outubro, informou o Banco Central.

A taxa está estacionada em 3,0% desde julho deste ano, e desde outubro do ano passado não ultrapassa esse patamar. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência foi de 4,2% para 4,3% no período. No caso das empresas, a taxa continuou em 1,6%.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) foi de 1,3% para 1,2% na passagem de setembro para outubro.

Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência seguiu em 2,3% pelo sexto mês consecutivo.

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro voltou a aumentar em agosto, alcançando novo recorde, em 59,9%, de 59,2% em julho, informou o Banco Central. Até então, o porcentual de junho (59,6%) era o maior da série iniciada em janeiro de 2005. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 37,0% em agosto, também recorde, ante 36,5% em julho.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Em função da metodologia utilizada, os números de endividamento sempre eram divulgados com apenas um mês de defasagem. Em setembro do ano passado, no entanto, o BC adiou a divulgação de dados referentes ao endividamento e ao comprometimento de renda das famílias brasileiras, em função de alterações de datas promovidas pelo IBGE. Agora, o BC atualiza os números, com referência em agosto.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 30,1% em agosto, ante 29,9% em julho (dado revisado). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 27,6% no oitavo mês, ante 27,5% em julho (dado revisado).

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Nubank testa parcelamento de compras à vista que pesam na fatura https://investnews.com.br/financas/nubank-testa-parcelamento-de-compras-a-vista-que-pesam-na-fatura/ Wed, 07 Apr 2021 15:14:56 +0000 https://investnews.com.br/?p=240230 Em breve, os clientes brasileiros do Nubank terão a opção de parcelar compras à vista no cartão de crédito, que estejam pesando na fatura ou que não apresentaram a opção de parcelamento na hora da compra.

Nesta terça-feira (6), a fintech brasileira anunciou que está testando uma nova funcionalidade que permitirá aos usuários do seu cartão de crédito o parcelamento em até 12 vezes por meio do app, com juros menores do que o crédito rotativo (que ocorre quando a pessoa paga apenas o valor mínimo da fatura).

Para o cliente ter acesso, precisa acessar a compra na fatura ainda em aberto, e escolher a opção “Parcelar compra”. Na sequência é só conferir os prazos e nova condições de pagamento.

Desta forma, o valor da compra na fatura será atualizado após finalizar a operação. No entanto, não será possível editar ou cancelar este novo parcelamento. Mas o cliente terá a opção de antecipar as faturas e ter o desconto nos juros.

A iniciativa faz parte de um projeto do Nubank para reinventar o uso do cartão de crédito, oferecendo aos clientes alternativas de financiamento mais baratas.

Segundo pesquisas da fintech, muitas pessoas entram no crédito rotativo sem perceber que estão contratando um produto que nem sempre é uma boa alternativa.

Além do cheque especial, o crédito rotativo é usualmente o principal motivo de endividamento das famílias brasileiras. Ambas as opções possuem os juros mais caros do mercado.

Segundo dados do Banco Central, até o mês de janeiro, a taxa de juros médios do rotativo do cartão de crédito chegou a 329,3% ano ano.

Já o rotativo regular, quando o cliente paga o valor mínimo da fatura, ficou no patamar de 311,7% no ano. Enquanto o rotativo não regular, que ocorre quando há atrasos no pagamento total ou mínimo da fatura, chegou a 324,2% ao ano.

O cartão de crédito também foi considerado o principal motivo de dívida dos brasileiros em 2020, segundo 79,4% do total de famílias no país, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Veja também: De endividado a investidor: 7 passos para sair das dívidas em 2021

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Juros do cheque especial sobem em fevereiro, alerta Procon https://investnews.com.br/economia/juros-do-cheque-especial-sobem-em-fevereiro-alerta-procon/ Tue, 09 Feb 2021 13:15:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=229193 A taxa média de juros do cheque especial em fevereiro ficou em 7,96% ao mês, ante os 7,91% praticados em janeiro – uma variação positiva de 0,63%. Já a taxa média do empréstimo pessoal entre os bancos consultados se manteve em 6,08% a.m. Os dados são de uma pesquisa conduzida pelo Procon-SP.

O cheque especial é o crédito automático que o banco dá ao cliente que estiver com a conta no vermelho. Ele é mais usado para emergências, como pagar contas de última hora ou fazer transferências para outros bancos.

O levantamento foi feito com base nas taxas vigentes no dia 2 de fevereiro. As instituições analisadas foram o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

Desses, o Itaú foi o único banco que elevou a taxa do cheque especial, saindo de 7,74% no primeiro mês do ano para 8,00% em fevereiro, a maior registrada entre os consultados. As demais instituições não alteraram os juros do cheque especial, e o Banco do Brasil seguiu com a menor taxa (7,73%).

Nos empréstimos pessoais, a máxima ficou em 7,89%, praticada pelo Banco Santander, e a mínima, aplicada pela Caixa Econômica Federal, na marca de 3,89%.

Veja perguntas e respostas sobre o cheque especial:

Quanto o banco pode cobrar pelo limite do cheque especial?

Os bancos podem cobrar uma taxa de até 0,25% por mês de quem tiver um limite do cheque especial maior que R$ 500. Por exemplo, quem tem limite de R$ 1.500 mensais pagará ao banco até R$ 2,50 sobre R$ 1.000. 

Para quem vale essa cobrança?

A cobrança passou a valer no dia 6 de janeiro para novos clientes da linha. Quem já utiliza o cheque especial só estará sujeito à nova regra no dia 1º de junho. Aproximadamente 19 milhões de brasileiros com até R$ 500 de limite no cheque especial estarão livres dessa taxa, segundo o Banco Central.

Preciso pagar pelo limite que não uso?

Sim. A cobrança de 0,25% será feita sobre o limite que passar de R$ 500 por mês, mesmo que ele não seja utilizado. Caso o cliente use o limite, a taxa será descontada do que ele pagar em juros.

Posso pedir para o banco reduzir meu limite do cheque especial?

Sim, você pode fazer isso a qualquer momento. 

O banco pode aumentar meu limite sem que eu saiba?

Para aumentar seu limite do cheque especial, o banco precisa da sua autorização. Caso ele quebre essa regra, você pode fazer uma reclamação no próprio banco e, se não adiantar, no Banco Central.

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13º salário caiu na conta? Veja 5 dicas para investir e usufruir do dinheiro https://investnews.com.br/financas/13o-salario-caiu-na-conta-veja-5-dicas-para-investir-e-usufruir-do-dinheiro/ Mon, 30 Nov 2020 08:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=25865 A temporada de pagamentos do 13º salário está oficialmente aberta a partir desta segunda-feira (30). Todos os brasileiros empregados em 2020, incluindo os que tiveram jornada laboral reduzida na pandemia, têm direito ao beneficio. O pagamento é feito em duas parcelas: a primeira com data limite em 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.

LEIA MAIS: Nome sujo? Final de ano é oportunidade para renegociar as dívidas

Embora o recurso seja visto tradicionalmente como uma alternativa para movimentar a economia — incentivando o brasileiro a ir às compras no Natal e Ano Novo — é importante lembrar que 2020 foi um ano atípico e há pela frente um futuro incerto em 2021.

Se nos anos anteriores os educadores financeiros recomendavam cautela com o uso deste dinheiro, agora todo cuidado é redobrado, segundo eles. Sair gastando todo o 13º sem separar uma parte para formar uma reserva de emergência é praticamente um ato suicida. “Em 2021, a inflação e juros devem subir. Não há nada concreto com as vacinas e existe o risco de uma segunda onda da pandemia. Sem reserva, ficamos expostos a qualquer problema”, afirma Márcia Silva, gerente de investimentos na Sicredi Vale do Piquiri.

Além dos riscos macroeconômicos, a pandemia deixou uma herança problemática na saúde financeira dos brasileiros. É o caso da inadimplência: segundo um levantamento da Serasa, há 62 milhões de brasileiros com dívidas em atraso.

Outro problema é o desemprego crescente, que chegou no seu patamar recorde de 14,6% no trimestre terminado em setembro, com 14,1 milhões de desempregados. Com profissionais à disposição e poucos recursos nas empresas, o mercado de trabalho se torna feroz e planejamento financeiro é vital para sobreviver. Afinal, por quanto tempo um trabalhador conseguiria se manter se perdesse toda sua renda amanhã?

De olho nestas situações, o InvestNews elaborou um passo a passo para que o brasileiro possa usufruir do seu 13º de forma inteligente, satisfazendo os desejos de consumo, mas sem arrependimentos no futuro. Confira:

1 – Pague as dívidas

Murilo Breder, analista da Easynvest, explica que a prioridade para todo brasileiro que recebe o 13º deve ser pagar suas dívidas em primeiro lugar, já que os juros do crédito costumam ser exorbitantes e nenhum investimento, seja na renda fixa ou na variável, consegue superar isso.

Segundo dados do Banco Central, até o mês de outubro, a taxa média de juros para o cheque especial era de 112,9% ao ano enquanto os juros do rotativo do cartão de crédito chegavam a 317,5% ao ano.

Este é o motivo pelo qual, se você está endividado, deve concentrar a sua energia em quitar as dívidas ou parcelamentos em aberto, começando pelas dívidas mais caras: cheque especial e rotativo do cartão de crédito. Sabe aquela fatura do cartão que você parcelou em mil vezes? Os juros podem virar uma bola de neve.

Segundo o último boletim Focus do Banco Central, a taxa Selic deve terminar 2020 em 2% ao ano e a perspectiva para o final 2021 é de juros de 3% ao ano. Desta forma, um investimento em renda fixa que pague 100% do CDI entregaria em média um retorno de 1,94% ao ano para o investidor.

Depois de ter quitado as dívidas mais caras, se você tiver outras dívidas é preciso analisar qual é a situação dos juros, qual é o valor das parcelas em aberto e se haveria a chance de usar o 13º para pagar à vista com um bom desconto.

Márcia Silva recomenda sempre comparar com os juros do mercado. Por exemplo, se você pegou um empréstimo pessoal com juros de 6,08% ao mês, considerando que a Selic é de 2% ao ano, a conta pode ficar bem cara no acumulado de 12 meses. Talvez seja o caso de buscar um bom desconto à vista e zerar a dívida.

Agora, se o seu parcelamento tiver juros baixos, pode ser melhor pagar as parcelas e guardar o 13º para as despesas de janeiro ou a reserva de emergência. Um exemplo é o crédito Pronampe, oferecido pela Caixa Econômica, para microempresários. O empréstimo permitia optar por até 36 parcelas com juros anuais de 1,25% ao ano (abaixo da Selic). Neste caso, a especialista recomenda continuar com o parcelamento.

Além de avaliar se deve zerar a dívida ou parcelar, Márcia aconselha olhar para o valor mensal das parcelas e refletir se em 2021 haverá condições de pagar este valor com os juros embutidos. Se está em dúvida sobre honrar o compromisso, talvez seja melhor pagar à vista ou até mesmo guardar uma parte do 13º para isso.

Outra alternativa é adiantar as parcelas, sempre optando por pagar as últimas do financiamento/parcelamento. Segundo a especialista este é um direito do consumidor e as instituições financeiras não podem se recusar.

Suponhamos que você fez uma compra e parcelou em 36 vezes. Pagar a sétima parcela não deve trazer muito desconto nos juros. Mas se você pagar a parcela 36, vai sentir uma baita diferença. “Em financiamento de carro, a distância entre as primeiras e últimas parcelas chega a ser de até R$ 9 mil”, explica.

Uma dica é ligar para as instituições para as quais você deve, comentar que recebeu o 13º e informar que deseja pagar as 5 últimas parcelas sem juros.

2 – Separe o valor das contas de janeiro

O segundo passo para usar bem o seu 13º é separar com antecedência o valor das contas que serão pagas em janeiro. No começo do ano surgem gastos extras como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar.

Estas contas não podem ficar em atraso porque há o risco de ter um protesto no seu nome. Muitos brasileiros cometem o erro de torrar o 13º em dezembro e, quando chega janeiro, entram no tempo de vacas magras. Sem recursos para arcar com as contas, acabam recorrendo a empréstimos com juros elevados.

Márcia aconselha fazer um planejamento antes mesmo que o 13º caia na conta, separando o recurso específico para o pagamento. “Se você tem carro sabe que o IPVA corresponde a 4% do valor do seu veículo. Olhe a tabela Fipe para fazer o cálculo com antecedência”, recomenda.

Ela acrescenta que, caso não seja possível pagar o IPVA em janeiro, há ainda a oportunidade de fazer isso em fevereiro. Mas, sempre que possível, fuja das parcelas porque não terá economizado nada.

3 – Monte a reserva de emergência

O terceiro passo, porém o mais importante, é guardar parte do dinheiro do 13º para criar ou engordar a sua reserva de emergência.

Sabe aquele recurso extra que você precisa para alguma eventualidade? Seja perda de emprego, redução de renda, projetos, entre outros. Se você ainda não começou, crie um plano estratégico para guardar pelo menos de 3 a 6 meses das suas despesas básicas e utilize o 13º para contribuir com este acumulo de reservas.

Mesmo que você já tenho acumulado os 6 meses de despesas, Márcia recomenda fortalecer a reserva de emergência com o 13º, porque nunca se sabe por quanto tempo será necessário usar este recurso na crise.

Entre as alternativas para guardar este recurso, opte por investimentos com baixo risco e alta liquidez. Por exemplo, Tesouro Selic, Fundo DI simples e CDB de grande banco (rende 100% do CDI e tem liquidez diária).

Além da reserva de emergência, quem faz declaração completa do Imposto de Renda pode utilizar o 13º para fazer diferimento fiscal. “Uma alternativa é falar com seu contador e avaliar qual fundo de previdência PGBL seria ideal para ter redução no imposto”, aconselha ela.

4 – Cuidado com as compras de Natal e viagens

É natural que você também queira aproveitar da grana extra para satisfazer alguns desejos de consumo. Afinal, ninguém é de ferro. O Natal e Ano Novo são datas comemorativas que requerem mais dinheiro.

Quando se trata de presentes, a dica da especialista para não se exceder nos gastos é comprar sempre à vista. E em 2020 também é importante priorizar para quem realmente você vai dar presente, de preferência pessoas próximas da família.

Estes presentes devem ser de preferência simples e baratos. Opte por lembrancinhas que possam ser pagas à vista. “Nada de Iphone 12”, brinca Márcia.

Para quem está pensando em viajar aproveitando que as agências de turismo devem estar com bons descontos nos pacotes, a especialista recomenda cautela. Não apenas por causa da pandemia e sim pelo custo dos serviços nos estados que podem ficar caros. “As cidades turísticas sofreram com poucas pessoas circulando e o valor dos serviços pode ficar pelas nuvens, pela necessidade de movimentar a economia local”, alerta.

Se você não planejou a viagem com antecedência, não caia na furada de usar o cartão de crédito para gastar um dinheiro que você não tem. Porque não tentar o caminho inverso? Aproveite que as agências estão com desconto e comece a planejar desde agora sua viagem para 2021.

5 – Aproveite para investir

Se você já pagou as dívidas, separou o dinheiro das contas de janeiro e reforçou a reserva de emergência, uma ótima alternativa para a sua saúde financeira é investir. Ou até mesmo se você não fez isso antes, o 13º pode ser uma boa oportunidade para começar a jornada.

Para isso, Murilo Breder, analista da Easynvest, explica que o primeiro passo é descobrir qual é o seu perfil do investidor: conservador, moderado ou agressivo. Na sequência, é importante estabelecer objetivos, seja de curto, médio ou longo prazo.

Retomando o exemplo acima, um erro comum de muitos brasileiros é não organizar as viagens com antecedência. E quando chega o final do ano, com os valores pelas nuvens, optam por usar o cartão de crédito para bancar as sonhadas férias. Mas vale mesmo a pena gastar um dinheiro que mal sabemos se teremos amanhã?

Uma alternativa seria investir para planejar a sua próxima viagem. Suponhamos que você pretende fazer isso daqui a 12 meses. Breder aconselha optar por aplicações de baixo risco e com facilidade de resgate, entre elas Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária.

Existe a opção também de procurar por um CDB com vencimento em 1 ano, para garantir uma rentabilidade maior.

Uma terceira alternativa, com retorno superior é investir via fundos, seja de renda fixa ou multimercados. Todos eles oferecem um retorno superior do que a renda fixa e menos volatilidade do que a renda variável.

Breder destaca dois pontos de atenção ao optar por estes investimentos: o prazo de resgate pode ser superior, tem fundos que demoram até 30 dias para reembolsar o dinheiro e os lucros. E, muitas vezes, os fundos podem ficar negativos em 1 ou 2 meses, mas isso não significa que, no ano, o retorno seja negativo. “A maioria dos fundos multimercado e de renda fixa tem bons retornos”, explica o analista.

O analista da Easynvest recomenda combos para investir em fundos, com bom retorno e com menos de R$ 1.000. Veja algumas alternativas:

Obs: As opções acima refletem recomendações dos analistas da Easynvest e não são de responsabilidade do InvestNews.

Agora, se você tem uma vida estável, as contas em dia e não pretende usar o 13º no curto prazo, uma boa opção é começar a construir a sua aposentadoria. Breder afirma que uma alternativa efetiva para isso é comprar ações. “Mesmo com a economia saindo da crise, 2021 tem um cenário otimista para a bolsa de valores. Tem muito ativo barato”, explica.

Segundo ele, nada melhor para a aposentadoria que uma carteira de ações bem diversificada. O analista de renda variável da Easynvest, José Falcão, recomenda as seguintes 10 ações para o mês de dezembro, na carteira mensal Easy Top 10:

AçãoCódigo Setor
Itaú Unibanco ITUB4 Financeiro​
Qualicorp QUAL3 Saúde
Vale VALE3 Mineração
SLC Agrícola SLCE3 Agrícola​
Taesa TAEE11 Energia
Eneva ENEV3 Energia​
B3 – Brasil Bolsa Balcão B3SA3 Financeiro
MultiplanMULT3Shoppings
Lojas Renner LREN3 Consumo
Magazine Luiza MGLU3 Consumo
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Juro do rotativo do cartão cai para 309,9% ao ano em setembro https://investnews.com.br/economia/juro-do-rotativo-do-cartao-cai-para-3099-ao-ano-em-setembro/ Mon, 26 Oct 2020 19:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=22895 Em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre caiu de 26,5% ao ano em agosto para 25,7% ao ano em setembro, informou nesta segunda-feira (26) o Banco Central. Em setembro de 2019, essa taxa estava em 36,1% ao ano.

LEIA MAIS: Dívida no cartão de crédito? 5 passos para fazer dele um aliado

Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas – em especial, nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 39,0% para 38,0% ao ano de agosto para setembro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 12,1% para 11,4% ao ano.

Cheque especial

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 112,6% ao ano para 114,2% ao ano de agosto para setembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 30,0% para 29,5% ao ano.

Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Desde 6 de janeiro de 2020, o BC aplica uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao ano (151,82% ao ano).

Além da limitação do juro, os dados refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.

Os dados divulgados nesta segunda pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 18,9% ao ano em agosto para 18,6% em setembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 18,6% ao ano em agosto para 18,1% ao ano em setembro. Em setembro de 2019, estava em 24,0%.

Rotativo do cartão de crédito

Com as famílias em dificuldades para fechar as contas, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 0,3 ponto porcentual de agosto para setembro, segundo o Banco Central. A taxa passou de 310,2% para 309,9% ao ano.

Com a carência de recursos, as famílias aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 270,3% para 268,6% ao ano de agosto para setembro. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.

Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 335,2% para 336,8% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 137,8% para 142,1% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 65,1% para 62,3%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.

A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado. Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.

Spread em queda

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o spread em operações de crédito apresentou redução. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 22,1 pontos porcentuais em agosto para 21,1 pontos porcentuais em setembro.

O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 34,2 para 32,8 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 8,3 para 7,4 pontos porcentuais.

O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito.

O spread médio do crédito direcionado foi de 4,4 para 4,2 pontos porcentuais na passagem de agosto para setembro. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 14,9 para 14,3 pontos porcentuais no período.

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 47,5% em julho, ante 46,7% em junho, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 27,6% em julho, ante 27,3% em junho.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Em função da metodologia utilizada, os números de endividamento sempre são divulgados com apenas um mês de defasagem. Em setembro, no entanto, o BC havia adiado a divulgação de dados referentes ao endividamento e ao comprometimento de renda das famílias brasileiras, em função de alterações de datas promovidas pelo IBGE. Agora, o BC atualiza os números, com referência em julho.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em 20,6% em julho, ante 20,7% em junho. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 18,0% em julho, ante 18,2% em junho.

Inadimplência

Apesar das dificuldades de famílias e empresas para fechar as contas, em meio à pandemia do novo coronavírus, a taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 3,3% para 3,1% de agosto para setembro, informou o Banco Central.

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência foi de 4,8% para 4,6% no período. No caso das empresas, a taxa passou de 1,6% para 1,5%.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) caiu de 1,7% para 1,4% na passagem de agosto para setembro. No crédito direcionado para empresas, a inadimplência passou de 2,2% para 1,5%.

Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência foi de 2,6% para 2,4%.

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5 fatos para saber hoje: BB, Caixa e Casa da Moeda estão fora das privatizações https://investnews.com.br/geral/5-fatos-para-saber-hoje-bb-caixa-e-casa-da-moeda-estao-fora-das-privatizacoes/ Fri, 18 Sep 2020 11:50:26 +0000 https://investnews.com.br/?p=19767 1 – Bolsonaro diz que BB, Caixa e Casa da Moeda não serão privatizados em seu governo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Casa da Moeda não serão privatizados em seu governo. Durante sua tradicional live semanal, ele afirmou que não está “segurando privatizações” e que qualquer processo é “demorado”.

“Não justifica a mídia falar que estou segurando, que o governo está segurando as privatizações. Tem muita coisa que dá prejuízo, você tem que privatizar. Até se entregar de graça é vantajoso se está dando prejuízo. Também nós entendemos que tudo aquilo que a iniciativa privada pode fazer, a gente vai abrir mão disso aí, esse é o nosso pensamento.”

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O presidente afirmou que não interferiu ao retirar a Casa da Moeda do plano de privatizações do governo, que apenas exerceu um direito seu. Segundo ele, as funções da estatal, como a fabricação de passaportes e de papel moeda, são de “segurança nacional”.

“O pessoal fala em interferir. Exerci um direito meu, não é interferência, é um direito meu. Afinal de contas, se eu nomeio os ministros, no caso o Paulo Guedes dá posse aos presidentes de bancos estatais. A Casa da Moeda eu achei que não era o caso, tendo em vista informações que eu tive de outros países que a privatizaram e depois voltaram atrás.

2 – Guimarães diz que Caixa estuda reduzir mais os juros do cheque especial

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta quinta-feira (17) que os juros do cheque especial cobrados pelo banco podem ser reduzidos. Segundo ele, a atual taxa cobrada pela Caixa está em 1,8% ao mês e pode diminuir mais. Bolsonaro classificou a taxa como quase “inacreditável” e a comparou como sendo próxima a de “países de primeiro mundo”.

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais junto ao presidente, Guimarães também informou na próxima segunda-feira (21) a antecipação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) chegará a 60 milhões de pessoas, contando com os nascidos em dezembro.

3 – EUA: Trump diz que governo conversou com Walmart e Oracle sobre TikTok

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a repórteres nesta quinta-feira (17) que o governo conversou com as companhias americanas Oracle e Walmart sobre a negociação em torno das operações do TikTok no país.

“Eu acho que a Microsoft ainda está envolvida”, declarou, em referência às tratativas com a controladora do aplicativo, a chinesa ByteDance.

4 – Sem passageiros, empresas aéreas apostam no transporte de cargas

Enquanto a demanda de passageiros no mercado doméstico brasileiro recuou 89,9% entre abril e junho, a movimentação de carga por aviões teve uma queda mais branda, de 63%, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Apesar da redução no volume, algumas empresas conseguiram crescer na receita com carga e começam a pensar em produtos específicos para o segmento em uma tentativa de manter o ritmo de expansão no pós-crise.

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O descasamento entre faturamento e volume de mercadorias transportadas ocorreu devido a uma alta dos preços por causa da falta de voos. Da carga brasileira transportada por via aérea, 85% são armazenados na barriga das aeronaves que carregam também passageiros. Com as medidas de distanciamento social e a consequente redução da demanda por viagens, as companhias estacionaram suas frotas, e o número de aviões disponíveis para transportar carga despencou.

Maior empresa no transporte de cargas, o grupo Latam registrou queda de 15,7% no volume transportado no segundo trimestre, incluindo as unidades de negócios de outros países. Apenas no mercado doméstico brasileiro, a retração foi de 62%. Ainda assim, a receita do grupo no segmento cresceu 18,4%.

5 – Azul busca ampliar serviços com drone de entrega

Com o segmento de carga ganhando importância nos resultados da empresa, a Azul trabalha para ampliar seus serviços com o uso de drone e a adoção de caixas de retirada de encomendas.

“Somos bastante agressivos em relação ao prazo para estarmos com o drone pronto. Gostaria de ter um já na Black Friday (27 de novembro)“, afirma Izabel Reis, diretora da Azul Cargo.

O projeto de entrega de encomendas por drone é desenvolvido com a Speedbird Aero, uma startup de Franca, no interior de São Paulo, que está em processo de certificação para prestar o serviço.

A ideia é que a Speedbird forneça a tecnologia e a Azul, o trabalho de logística. “Já tínhamos tentado criar algo semelhante antes, mas o preço da parceria tornou inviável. Com a pandemia, as coisas mudaram“, acrescenta Izabel.

*Com Estadão Conteúdo

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Teto de juros no cartão: por que tanta polêmica? E mais destaques https://investnews.com.br/flash/teto-de-juros-no-cartao-por-que-tanta-polemica-e-mais-destaques/ Thu, 06 Aug 2020 12:14:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=16236

Limitar os juros cobrados no cheque especial e cartão de crédito vai ajudar a resolver os problemas do país? O Senado vota hoje um projeto que cria um teto de 30% ao ano para estas linhas de crédito, mas a pauta recebeu críticas e pressiona as ações dos bancos. As principais notícias para quem acompanha o mercado financeiro, no Flash InvestNews, com Taís Laporta. Os destaques da bolsa nesta manhã, a cotação do Ibovespa e dólar, além de outras informações que podem influenciar seus investimentos e rentabilidades!

Trechos do programa:

  • DECISÃO DO COPOM AUMENTO DO DESEMPREGO
  • TETO DE JUROS NO CARTÃO
  • BALANÇO DO BANCO DO BRASIL (BBS3)
  • IPO DA COMPANHIA SULAMERICANA DE DISTRIBUIÇÃO (CSD)
  • MAGALU (MGLU3) NA PUBLICIDADE ONLINE

Destaques do InvestNews:

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Último corte da Selic? E mais: Petrobras dispara com alta do petróleo https://investnews.com.br/flash/bc-decide-se-corta-a-selic-petrobras-dispara-com-retomada-do-petroleo/ Wed, 05 Aug 2020 15:13:06 +0000 https://investnews.com.br/?p=16111

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 2,25% para 2% ao ano. A maior parte do mercado aposta que este será o último corte do ciclo de queda. O Senado marcou para amanhã a votação de um projeto que prevê a criação de um limite de até 30% ao ano para os juros cobrados no cartão de crédito e cheque especial, o que deve pressionar as ações dos bancos. O ministro Paulo Guedes disse em audiência na Câmara sobre a reforma tributária que não vai ter imposto novo para aumentar a carga tributária e que defendeu uma reforma “construtiva” com o Congresso. As ações da Petrobras (PETR4) chegaram a subir mais de 5% com o avanço nas cotações do petróleo após dados de queda nos estoques nos Estados Unidos, fazendo os preços atingirem o maior nível em cinco meses. A Alpargatas (ALPA3, ALPA4), dona da Havaianas, fechou o segundo trimestre com lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 54,3 milhões, alta de 62,7%. O Banco Pan (BPAN4) registrou lucro de R$ 144 milhões, resultado 22% superior ao mesmo período ano passado. A Embraer (EMBR3) encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,68 bilhão, revertendo um lucro de R$ 26 milhões um ano antes, pressionada pelo segmento de aviação comercial pós o fim do acordo com a Boeing.

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Juro do cheque especial cai para 110% ao ano; inadimplência fica menor https://investnews.com.br/economia/juro-do-cheque-especial-cai-para-110-ao-ano-inadimplencia-fica-menor/ Wed, 29 Jul 2020 17:40:12 +0000 https://investnews.com.br/?p=15558 Os juros médios cobrados no cheque especial pelos bancos caíram de maio para junho: passaram de 116,1% ao ano para 110,2%, segundo dados divulgados pelo Banco Central. No crédito pessoal, a taxa média passou de 33,4% para 32,7% ao ano.

Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.

Em função da ineficácia da autorregulação da Febraban, o BC anunciou a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao ano (151,82% ao ano). A nova regra começou a valer em 6 de janeiro deste ano.

Além da limitação do juro, os dados desta quarta também refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura.

Antes, era considerado todo o período de atraso. Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.

Os dados divulgados pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 19,5% ao ano em maio para 19,0% em junho.

Juros totais do crédito

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 20,5% ao ano em maio para 19,3% ao ano em junho. Em junho de 2019, estava em 24,8%.

Em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre caiu de 29,6% ao ano em maio para 27,9% ao ano em junho, informou nesta quarta-feira, 29, o Banco Central. Em junho de 2019, essa taxa estava em 37,6% ao ano.

Os dados são influenciados pela pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas – em especial, nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 42,9% para 40,7% ao ano de maio para junho, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 14,2% para 13,0% ao ano.

ICC

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,5 ponto porcentual em maio ante junho, aos 18,7% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.

Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Spread dos bancos caiu

O spread (diferença entre os juros rebebidos no crédito e pagos para captar recursos) em operações de crédito apresentou redução. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 24,7 pontos porcentuais em maio para 23,4 pontos porcentuais em junho.

O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 37,4 para 35,7 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 10,0 para 9,2 pontos porcentuais.

O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito.

Em meio à carência de recursos na pandemia, famílias e empresas aumentaram a demanda por várias linhas de crédito nos bancos. Ao mesmo tempo, o risco de inadimplência nas operações aumentou – o que, em tese, serve de impulso ao spread.

O spread médio do crédito direcionado foi de 4,7 para 4,4 pontos porcentuais na passagem de maio para junho. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 16,5 para 15,6 pontos porcentuais no período.

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 46,5% em maio, mesmo patamar de abril, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 27,3% em maio, ante 27,4% em abril.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Em função da metodologia utilizada, os números de endividamento sempre são divulgados com um mês de defasagem. Assim, os dados desta quarta têm como referência o mês de maio, quando várias cidades do Brasil iniciaram o processo de saída do isolamento social.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 21,5% em maio, ante 21,6% em abril. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 18,9% em maio, ante 19,1% em abril.

Inadimplência recua

Mesmo com famílias e empresas em dificuldades para fechar as contas, em meio à pandemia do novo coronavírus, a taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 4,0% para 3,7% de maio para junho, informou o Banco Central.

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência foi de 5,5% para 5,2% no período. No caso das empresas, a taxa passou de 2,4% para 2,0%.

Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas – em especial, nos meses de março e abril. Muitos bancos adiaram o pagamento de parcelas de empréstimos ou renegociaram financiamentos em aberto.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) passou de 2,1% para 1,8% na passagem de maio para junho. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência foi de 3,2% para 2,9%.

*Estadão Conteúdo

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5 fatos para saber hoje: R$ 592 milhões em emendas; crédito a PMEs terá perdão https://investnews.com.br/geral/5-fatos-para-saber-hoje-r-592-milhoes-em-emendas-credito-a-pmes-tera-perdao/ Fri, 26 Jun 2020 11:45:23 +0000 https://investnews.com.br/?p=13392 Governo vai liberar R$ 592,4 milhões em novas emendas

O governo federal vai pagar de uma vez só R$ 592,4 milhões em recursos sem “carimbo” destinados por emendas parlamentares a Estados e municípios. Os repasses seriam feitos ao longo do ano, mas o Ministério da Economia fará a transferência única como forma de ajuda durante a crise provocada pela pandemia. O dinheiro cai na conta dos governos regionais na próxima segunda-feira.

As chamadas “transferências especiais” foram criadas pelo Congresso no ano passado e são recursos direcionados por emendas individuais sem destinação específica. Na prática, o governador ou prefeito recebe esse dinheiro e pode gastar como entender mais adequado, desde que respeite a regra de aplicação mínima de 70% para investimentos. É proibido o uso dos valores para bancar salários ou outras vantagens a servidores ativos ou aposentados.

Os recursos poderão ser usados, inclusive, para adquirir equipamentos para a área de saúde ou abrir novos leitos em hospitais. Segundo dados do Ministério da Economia, serão contemplados 14 Estados e 1,5 mil municípios.

Crédito a microempresas poderá ter perdão parcial, diz Guedes

As linhas especiais de crédito para empresas de menor porte poderão ter um bônus de adimplência, perdão parcial para tomadores que estejam em dia com as parcelas e não tenham impostos em atraso, disse hoje (25) à noite o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em transmissão ao vivo nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro, ele disse que parte dos programas de crédito postos em prática durante a pandemia de coronavírus tiveram “desempenho inicial insatisfatório”.

“As políticas foram desenhadas por um timaço, mas, às vezes, o outro time marca o gol”, disse Guedes. Ele não detalhou como será posto em prática o bônus de adimplência, apenas explicou que a medida poderá beneficiar os bons pagadores. “O sujeito pequeninho foi lá, pegou empréstimo, trabalhou bem, conseguiu se recuperar e pagou os impostos. A gente pode dar o bônus de adimplência, perdoa o crédito”, disse.

O ministro citou os juros “ainda altos” do cheque especial como entrave para a retomada da economia. Em tom de brincadeira, Guedes cobrou do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, uma solução para diminuir as taxas.

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Facebook vai emitir alerta caso você tente compartilhar notícias velhas

O Facebook anunciou nesta quinta-feira (25) mais uma de suas iniciativas para tornar conteúdos veiculados na rede mais claros. Agora, a rede social passa a exibir um aviso ao lado de posts que compartilharem notícias publicadas há mais de 90 dias.

Além do alerta, a rede social vai adicionar o “botão de contexto”, contendo informações sobre o tema abordado na publicação vista no feed de notícias. “Quando perguntamos às pessoas que tipo de notícia desejam ver no Facebook, elas continuamente nos dizem que desejam informações atuais e confiáveis e por isso estamos lançando essa ferramenta”, informou a empresa em um post de blog.

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Apesar de deixar claro que a notícia a ser compartilhada não é atual, o Facebook não proíbe que a informação seja publicada no feed, mas alerta que a ferramenta visa evitar que histórias antigas se passem por atuais, em contextos em que podem ser mal interpretadas.

O Facebook também afirmou que nos próximos meses continuará testando ferramentas na rede social para notificar usuários sobre suas publicações e compartilhamentos, como nos posts sobre a covid-19, por exemplo, onde a empresa estuda adicionar uma tela com informações sobre a origem do link e para direcionar os usuários à Central de Informações sobre o Coronavírus.

Novas regras dificultam realização de concursos

Na tentativa de conter a expansão da folha de pessoal e melhorar o planejamento, o governo federal resolveu apertar as regras para a concessão do aval de novos concursos. A partir de 1.º de julho, o Ministério da Economia vai exigir estudo de impacto financeiro de longo prazo na análise de autorização de concursos públicos da administração pública federal.

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Essa análise vai levar em conta o tempo médio que o servidor permanece na ativa. Levantamento do governo aponta um tempo médio de 34,2 anos na ativa, 24,6 anos na inatividade e mais 11 anos de remuneração dos pensionistas dos servidores depois da sua morte.

A decisão coincide com o prazo de análise da área econômica para novos pedidos de reposição dos servidores dos diversos órgãos do governo. Caso sejam aceitos, a previsão de concurso e do gasto adicional têm de constar na proposta de Lei Orçamentária de 2021, que será enviada no fim de agosto.

Texas suspende reabertura devido a aumento de casos de covid-19

O governador do Texas, Greg Abbott, disse nessa quinta-feira (25) que está suspendendo temporariamente a reabertura gradual do estado norte-americano devido a um salto recente de infecções e de hospitalizações decorrentes da covid-19.

“Essa pausa temporária ajudará nosso estado a conter a disseminação até podermos entrar com segurança na próxima fase de reabertura dos negócios”, disse Abbott em comunicado.

O Texas, segundo maior estado dos Estados Unidos em população, teve um dos piores surtos nacionais do novo coronavírus, registrando mais de 5 mil novos casos por três dias seguidos e batendo recordes sucessivos de hospitalizações de covid-19 durante 13 dias consecutivos.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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